quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

São Paulo - SP

A heroina aqui conseguiu perder o voo das 18h30. Uma pequena taxa, peguei o voo seguinte e cheguei em SP quase 23h. Mãe Bãbou, motherfucker turbinada, me resgatou com o namorido Beto. Foi preciso dois carros pra levar todas as tralhas! Admito que não sou econômica nas malas quando viajo, mas a culpa de tanto volume é a lesão medular, hehehe... Metade do malão era fralda, sonda e o caralho... Mais minha cadeira de rodas, mais cadeira de banho, mais computador... lotei os dois porta-malas!
Não sei se é assim com todo mundo, mas na minha casa tenho tudo mega adaptado, barras de apoio, gancho para transferencia, ambiente totalmente plano. Toda vez que vou pra casa de alguém é uma aventura. Na casa da mãe Bãbou está sendo uma aventurinha, consigo passar por todas as portas, algumas com dificuldade, a coisa é justinha. Tem dois pequenos desníveis, que me cerceiam. Um eu já vencim, yeah! Agora, a meta é dominar o outro, um pouquinho mais alto. Se eu perder pra um degrau, vou ganhar de quem:::
Breve, mais notícias.

domingo, 22 de novembro de 2009

...

Eita. Mais trago. Mais ressaca moral. Mas, a vida é isso ai, né! Ontem, bebemoração de aniversário atrasado, fui derrubada pela tequila antes da meia noite! Ainda bem, pq tive menos tempo pra fazer merda, hehehe.
Bueno, em uma semana estou de férias! Eeeee! Vou pra SP, ver os amigos, agitar no movimento superação e se der, faço uma ponte aérea e pego um sol no Rio. Força na peruca e haja fígado.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A pior ressaca é a moral

Ai, o horário de verão tem suas benesses. Nada como sair do trabalho e ir direto pra Lima e Silva beber com as amigas. O problema, o meu problema, é que não sei beber socialmente. Caipirinha vai, caipirinha vem. Fiquei no bar das 19h até às 04h. Yeah, o tio Darci, garçon do boteco, literalmente me varreu do bar. Recolheram todas as mesas e eu mais alguns amigos (o happy começou com as amigas mas a mesa foi bem rotativa) fomos os últimos arrozes a sair do local.
Tudo bem sair pra se divertir, é saudável e tal. Rir faz bem. Mas, eu seeeempre exagero! Devem ser os vários planetas em escorpião. Buenos, melhores momentos, em versão miniflasback:
- Entrevistei todo mundo da mesa usando o catchup de microfone. As enquetes eram sempre naquele nível... 'Já levou um fio terra?'
- Bebo, fico rica e descoordenada. Deixei cair um cigarro aceso no meio das pernas e na hora de catá-lo às pressas, fiz uma bela queimadura no dedo do meio. Fez bolha, chuif...
- Bebo, fico rica, descoordenada e tarada. Pedi pra um amigo ficar chupando a queimadura. Dei várias diretas nele.
- Bebo, fico rica, descoordenada e perco a noção. O amigo foi me levar em casa, enquanto ele dirigia taquei a mão do homem nos meus peitos e obriguei ele a me beijar antes de ir embora... Como diz aquele velho ditado: 'o importante é fazer gol'.
- Já em casa, do jeito que cai na cama fiquei. Acordei hoje (mega atrasada pro trabalho) e vi que dormi com as pernas pra fora da cama.
Bêbado é foda. Mas, fazer o quê. O calor e a localização do trampo imploram por um boteco: a Lima é logo ali e semana que vem tem de novo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Entra lá!

Confesso que não estou tendo muito tempo de escrever por aqui. Tá foda! Bastante trabalho e praticamente toda vez que escrevo é pro Sem Barreiras, então entra lá pra saber as últimas!!!
Mas, agora, momento proibidão, que lá não dá pra falar palavrão. Até rimou, hehehe.
Olha o que me aconteceu. Tava me mijando e fui correndo pro banheiro, chegando lá uma mulher me olhou com a carinha daquele esquilo (espia aqui) e me perguntou o que houve comigo. 'Uma doença', fui lacônica, afinal tava me mijando. A figura com cara de esquilo, soltou um 'hum' e já emendou arregalando mais os olhos, 'eu acho que o governo tinha que cuidar mais disso, tem muita gente ficando assim que nem tu. Isso não é normal'. Já dentro do banheiro tentando fechar a porta, falei pra escrota com cara de esquilo que 'é normal sim, acidentes acontecem, doenças acontecem e tem muita gente que nasce com deficiência porque a natureza quer, alterações genéticas são naturais e o que existe é a diversidade humana'. A desgraçada insistiu 'tu pode até ter uma vida boa, mas não é normal'. Ai, já de saco cheio da conversa pensei com meus botões que o que não é normal é um esquilo te atacar no banheiro com interrogações e não te deixar mijar quando tu mais precisa. Larguei um 'dá licença que eu vou me urinar' e fechei a porta. SANTA PACIÊNCIA!!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!

Momento de fúria: http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=235044&blog=738&coldir=1&topo=3951.dwt

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Happy Bday

Yeah. Quase trinta, mais uma vez. Estranho pra caralho. Sentei quando ainda era uma guria, e agora sou uma muié. Esquisito. Essa história de ser adulto. De ter responsabilidade (qual?). De envelhecer. De um dia morrer. Saco né? Morrer deve ser chato pra caralho. O que tem do outro lado? Existe outro lado?
De onde viemos (do saco dos nossos pais), pra onde vamos (pra terra, 7 palmos), quem somos (essa não tem resposta óbvia)...
Vou nanar, 3 da matina, chega de caipirinha. Parabéns pra Ju! 28 na lataria!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

VOTE EM MIM!

Queridos amigos, eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando, eu poderia até estar CAMINHANDO, mas estou só pedindo! Hehehehe... Okay esse drama mexicando é só pra convocar uma votação massiva no festival Filma Brasil. Estou concorrendo lá com um roteiro, então, quem curtir a história, please, vota lá! É barbada, tem que acessar www.filmabrasil.com, ir no link 'roteiros', achar o filme 'ROTINA', assistir o preview e dar a nota! DEZ, fazendo o favor, HEHEHEHE!
Era isso, ajudem a divulgar, muchas gracias e beijos em todos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tá foda!

Tô cansadinha... Não tem dado tempo nem de twittar! Muitas ideias, muitos projetos, muito trampo... Quero caipirinha, sol e praia, não necessariamente nesta ordem! Ah, e sexo também.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Correria

Então, quase espacato ocular de cansaço. Sabe quando o olhar fica meio perdido, um olho pra cada lado. Quando tu está podre, caindo de sono... Pois é.
Mas, embora bastante atarefada, estou super feliz! Hoje fiz a sétima aula de direção, faltam só mais três! Eeeeeee! Fiz a baliza bem certinho. Era o que faltava, pois já sai no trânsito pegado, Duque, Ipiranga e João Pessoa em plena hora do rush. Dia 10 de setembro faço a prova e daí é só alegria!
No mais, várias coisas quase acontecendo. Estou terminando um programa sobre doenças cardiovasculares associadas ao tabagismo. Vou inscreve-lo num concurso da Pfizer nas duas categorias: entrevista e reportagem. Se a maré de sorte continuar, banco um churras para a equipe do programa, hehehe. Essa semana também finalizo o roteiro e o preview do curta metragem "Rotina", que vou inscrever no Filma Brasil. Assim que estiver no site aviso, e tem que fazer bombar as votações on line!
E, no meio de setembro vamos (a Lu, minha mana e eu) desfrutar o prêmio daquele concurso de slogan! Eeeeee! Não vai rolar Bonito, mas vamos para o Rio que é LINDO!
Também estou tentando implementar uma parada lá na Assembleia. O projeto Assembleia Inclusiva, se der certo, vai ser muito massa! Vai dar. Intenção, esforço e graça. Querer é poder. Quem acredita sempre alcança. Be a rhino, caralho.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

SUPERAR OU NÃO SUPERAR? EIS A QUESTÃO!

Sim, o título desde post é uma analogia escancarada a célebre frase de Hamlet. E o propósito desse texto, assim como os versos criados por Shakespeare, é filosófico.

Sempre que alguém tem uma lesão medular, os amigos e a família chegam com palavras de apoio e, frases muito escutadas são: ‘você vai sair dessa’ ou ‘calma, você vai superar’. Na real, essa atitude de dar apoio acontece em qualquer tragédia pessoal. Pense em qualquer dor mundana. A perda de alguém querido, um acidente, uma fatalidade ou qualquer evento que gere sofrimento. Sempre vem uma palavra amiga com esse lance da superação.

Na verdade, rola quase uma pressão para que ocorra essa superação. Quem gosta da gente quer nos ver sempre o melhor possível. Por isso essa angústia em querer ver o outro bem, superando suas dores. Quem gosta da gente não quer que a gente desista ou se desespere, mas que aceite e continue a vida, sabe se lá a que custo. Mas, afinal, o que é superar?

No aurélio, esse verbo transitivo direto, que vem do latim superare, quer dizer vencer, remover, ultrapassar. E na vida? O que é superar, quando te pregam a maior peça? Quase shakespeareana, uma peça que tu jamais poderia imaginar... Como por exemplo, um dia, de uma hora para a outra, sentar numa cadeira de rodas sem prazo para levantar?

Usando exatamente os termos que a gente encontra no dicionário, talvez superar seja vencer a limitação física, ou pelo menos aprender a lidar com ela. Talvez seja remover o orgulho, afinal, como sempre digo, lesão medular é pós-graduação em humildade - não é fácil depender dos outros. Talvez, superar seja ultrapassar o limite da paciência, e continuar fazendo fisioterapia mesmo sem ter o retorno motor e sensitivo esperado.

Quem sabe superar não seja o que a gente vê em algumas novelas, como aquela recuperação miraculosa. Tipo o cara tomou um tiro num capítulo e na semana seguinte já está jogando bola (e marcando gol)! Talvez superar seja aprender a lidar com a dor e manter a esperança.

Ou então... Eu não sei como, mas tem muita gente que consegue aceitar o fato de estar numa cadeira de rodas e ponto. Sublimação. Talvez superar seja essa resignação. E se for realmente isso, e quem não se supera, onde se encaixa? Quem desiste? Faz como o cara do filme Mar Adentro que prefere a morte a viver tetraplégico?

Se superar for continuar vivendo da melhor maneira possível, se for conseguir retomar os estudos, o trabalho, a vida social, a vida afetiva, depois de um episódio catastrófico (e quando uso esse termo não tem nada a ver com piedade – coitado é quem sofre o coito), se superar for isso, de certa forma, ainda hoje me supero. E, se superar for ultrapassar o que a gente imagina que é nosso limite, então acho que de certa forma me superei.

Agora, se superar for aceitar a possibilidade de nunca mais voltar a andar, se for desistir do meu milagre, se for sublimar, como várias pessoas conseguem, me nego a superar. Eu vou voltar a andar, caralho!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Uhu! Ganhei!

Intenção, esforço e graça

É impressionante o quanto isso funciona. Intenção, esforço e graça. Sempre que eu desejo algo de coração e faço a minha parte para que o pedido aconteça... Ele se realiza! Foi assim para recuperar o movimento dos meus braços. Foi assim para ser oradora na minha formatura (e pegar o canudo de pé com uma cadeira 'mudérna'). Para entrar no concurso público que prestei para a Assembleia. Para ir ao Sarah, me reabilitar no Lago Norte. Para ganhar o prêmio do Juri Popular no Festival Claro Curtas. Para tantas coisas boas que aconteceram na minha vida. E, agora, para ganhar um concurso de slogan para uma agência de turismo que está focada no público das pessoas com deficiência.
Yeah! Com a frase 'Accessible Tour: turismo especial para você que não conhece limites', fui escolhida, má ôe! O prêmio é uma viagem com acompanhante! Eeeee! Fiquei super feliz com a escolha! É só mais uma prova de que a máxima que intitula este post funciona.
Mas, olha só a confusão que eu fiz... Não sei porque cargas d'agua achei que as opções de roteiro eram para o Rio ou para Bonito, no Mato Grosso do Sul. Quando na verdade, a segunda opção turística era Foz do Iguaçu. Devo ter associado com a imagem de onça pintada que ilustra o post no blog do Jairo Marques, o Assim Como Você (sensacional!), que divulgava a promotion. Bueno, o fato é que eu tinha certeza que a viagem era para Bonito.
Quando bolei as frases (foram algumas, mas só mandei uma) estava junto com a minha irmã mais nova que é doida para conhecer Bonito. Ela se forma agora em Agosto em Agronomia e eu prometi que se ganhasse levaria ela para Bonito como presente de formatura!
Bah, quando fui ver de novo os destinos e datas da promoção quase cai da cadeira ao ler Foz do Iguaçu! É muita sequela numa pessoa só! Fiquei um pouco chateada, não pelo destino (ainda não conheço, mas deve ser lindo assim como Bonito, hehehe), mas por não dar a viagem que minha mana queria mesmo.
Como perguntar não ofende, mandei um e-mail para a tchurma da Accessible Tour falando que ‘eu podia estar roubando, eu podia estar matando, eu podia até estar CAMINHANDO (essa pega pesado, hahaha), mas estou só pedindo: existe alguma possibilidade de fazer o roteiro para Bonito ao invés do Rio ou Foz?

Dei uma olhada nas promoções aéreas para o mês de setembro (provável época que a gente desfrute do prêmio) e vi que os preços são bem parecidos. Agora é aguardar e esperar para ver se a máxima se concretiza outra vez.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Independece day

Fiz a primeira aula prática de direção sexta passada! Bah, saí direto da Duque, peguei a João Pessoa, Ipiranga e fui até Intercap. Voltei pela Bento, peguei a Ipiranga de novo, subi a Lima e Silva, Fernando Machado, Cipriano e enfim, Duque de novo. Muito barbada! Primeira vez que dirijo o carro e já saí no trânsito pegado! Não atropelei ninguém, não causei acidentes, nem fiz muita barbeiragem! Só uma hora confundi o sentido da barra de direção (haste que fica conectada aos pedais - pra trás acelera e pra frente freia) e dei o gás quando era para parar! Devo quase ter enfartado o motora do carro que estava à frente...
No mais, já sinto o Independe day chegando de mãos dadas com a minha carteira de motora!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uhu!

Eeeee! Tudo dando certo nessa vida! Tive uma ideia bem bacana pra fazer um curta metragem e por sorte as inscrições pro Concurso Filma Brasil foram adiadas! Ia me foder trabalhando pra conseguir entregar o troço até amanhã!

De saco pra mala, a partir de agora vou blogar aqui também: dabliu-dabliu-dabliu-ponto-zerohora-ponto-com-ponto-br-barra-sembarreiras. Fiz essa frescura toda ao lado porque no momento, represento o CUmulo do workaholic, que é levar o notebook pra trampar enquanto caga. Sim, estou escrevendo no vaso sanitário, e não acho a barra no teclado... Entonces, acessa lá! Os assuntos abordados serão, tchan tchan tchan, novidade: acessibilidade e inclusão. Claro que os post proibidões seguem por aqui.

Por enquanto é isso. Ai, dor de barriga...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Boas Novas!

Eeeee, chegou pelo correio essa semana o registro do meu livro na Biblioteca Nacional! Direitos autorais comprovados!
Vou blogar junto com a Tania no www.zerohora.com.br/sembarreiras! Eeee! Breve anuncio no twitter o post de estréia!
Sempre em busca do meu milagre, sábado de manhã vou num encontro da Igreja Mundial do Poder de Deus! Várias pessoas de diferentes lugares em inusitadas situações me falaram desse encontro. Vou ir e levar meu andador!
No mais, milhões de idéias na cabeça e saudade de ter minha família reunida!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

@Jubilina

Sigam-me os bons! Como diria nosso amigo Chapolin.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Juju também é cultura

Bueno, como tenho trabalhando horrores não tenho tido muito tempo de escrever por aqui. Então, vou dar aquela atualizada básica!
No momento, estamos produzindo um programa sobre termos adequados para se referir às pessoas com deficiência. Todo mundo sabe que não é legal chamar uma pessoa que usa cadeira de rodas de aleijado, a não ser claro, de mútuo acordo, que é uma piada. Como é o caso do nome deste blog. Mas, sério, acho importante deixar claro que a piada só vale a pena quando o objeto da piada também acha graça. Tipo, tem muito cadeirante que não curte ser chamado de aleijado, mesmo que de brincadeira. Ai, vai da auto-estima de cada um, né?
Mas, voltando aos termos. Anota ai: aleijado hoje é pessoa com deficiência. Esqueçam pessoa portadora de deficiência (porque ninguém porta sua deficiência, eu porto uma caneta, minha identidade, mas, infelizmente não porto minha deficiência, seria bom né? Hoje tem festa e por isso não vou portar minhas sequelas neurológicas na medula!) Também não se fala mais portador de necessidades especiais. Necessidades especiais todos temos! Eu por exemplo, estou com uma necessidade especial decorrente da falta de sexo. Também não é um adjetivo adequado chamar de especial quem tem uma deficiência. Todo ser humano é único e por isso mesmo especial. Claro que existe muito projeto de ser humano que deveria queimar no mármore do inferno, mas isso é assunto pra outra hora. Também tem muita pessoa com deficiência que não vale o que come, não é só pq a criatura não enxerga ou não caminha que ela vai ser uma boa pessoa. Além disso, especial tem uma conotação paternalista que deve ser abolida!!!
Outra hora, falo mais sobre termos...

Agora, momento gatos malditos me acordando as cinco da matina. Tô lá, bem abraçada no travesseiro babando quando começa aquela gritaria de gato acasalando: meaaaaaaaaooooow! méeeeeeeaaaaaaaaaoooooow!!! Até que um dos felinos berra fio-terra-naaaaaaaaooooooowwww!

No mais, escrevi pra veja e pra TPM sugerindo que eles abram espaço para o ser aqui blogar! Na veja, a idéia é fazer uma abordagem critica sobre o que pode ser melhorado no coditiano dos quebradinhos e na tpm falar sobre sexo depois da lesão medular - o nome do blog é o clássico Na minha cadeira ou na tua?
Não sei se vcs viram mas a ZH criou o blog Sem Barreiras, escrito pelo casal Tania e Milton. Ela é andante e ele cadeirante. Eu estou em contato faz mais de ano com a Tania, quando ela me procurou com a ideia de criar esse blog. Encontros e desencontros nossos, recentemente ela escreveu pra zh e os caras curtiram a ideia. Essa conquista me motivou a escrever pras duas revistas acima. Perguntar não ofende, né?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sequelinha

Ai, não tenho tido tempo pra escrever, e também ando sem mta coisa pra contar...
Na real, tem rolado coisinhas pra contar, então seria mais apropriado usar o twitter, só que a sequela aqui não lembra nem login nem senha! Acho que o jeito será criar uma nova conta.
Bueno, minha vida tem se resumido a trabalho, auto escola e graças a deus, família! Minha sobrinha tá a coisa mais querida do mundo, fica falando 'dida, dida, dida' toda hora. Ela é demais! Deixa eu parar por aqui, senão vou afundar as letras em baba.
No mais, má fase total! Sexo só virtual. Opa, até rimou.
As ambições são as mesmas de sempre: voltar a andar e dominar o mundo, Dudinka!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Bum!

Sabe quando tu tá precisando chorar mas, por algum motivo desconhecido, as lágrimas não saem?
Eu achei que tava saindo das fezes e entrando numa boa fase. Na real, no que diz respeito ao trabalho, tá tudo indo super bem. E era sobre isso a última (mini) postagem. Vou ajudar na produção de um documentário sobre deficiência visual que será exibido no Multishow! Eee! Muito massa, a Camilinha (minha estagiária cega) vai ser uma das personagens do doc, e se os caras do canal 42 acharem que o troço deu o retorno esperado, vão rolar outros docs, incluindo sobre cadeirantes. Daí tb serei personagem, eeeee!

Bueno, mas voltando as fezes, afinal tô escrevendo esse monte de merda pra 'por pra fora' os males que me afligem. Dividir as tristezas, somar as alegrias, esse é o lema.
Faz alguns dias que sinto o coração apertado, num misto de pressentimento de coisa ruim, cansaço e impotência perante as porcarias que acontecem ao longo da vida.

Dos males que me afligem, parte 1. Meu manão não tá muito bem. E como ele tá lá do outro lado do mundo é difícil ajudá-lo. As vezes, a melhor ajuda que a gente pode dar é um abraço. Esse maravilhoso contato físico no momento tem alguns empecilhos: ainda não tenho passaporte, são 13 horas de avião e a passagem custa 3000,oo reais. O que tô fazendo é mandar good vibrations a distância. Mas, tá foda. Tô preocupada e triste pq ele tá triste. Quem sabe agilizo o passaporte e tiro férias no final de julho? Pra tudo tem solução, né?

Viu como é bom escrever? Acabam surgindo possibilidades...

Dos males que me afligem, parte 2. Hoje meu pai me ligou duas vezes. Resolvi atender na terceira. O homi tava na SMAM (secretaria municipal do meio ambiente) tinha tido uma reunião sobre um negócio que ele tá trabalhando em cima faz 9 anos. A reunião foi péssima e o funcionário disse pra ele esquecer a porra do projeto. O coroa perdeu as estribeiras, teve uma crise de raiva, saiu batendo a porta e acabou quebrando o vidro da bendita. Ele tava transtornado ao telefone me contando tudo isso e dizendo pra eu chamar a imprensa que ele tava sendo preso por depredar o patrimonio público. Deus, dai-me forças. Tentei acalmá-lo, disse pra ele chamar um advogado e avisar a empresa que teoricamente participaria desse negócio. Foi foda. Que podia eu fazer? Tentar chamar alguém pra cobrir isso seria ainda pior pra ele. Bueno, pedi pra me manter informada. Me preocupo pq meu véio é bipolar... Resumo da ópera: o advogado pagou pra ele uma fiança e agora vai responder processo.

Dos males que me afligem, parte 3. Meu ex namorado dos tempos em que eu andava, tá de volta em porto alegre. Ele tava passando um tempo em Buenos Aires e voltou hoje. A maldita carência sempre acaba me fazendo voltar a pensar nele. Que coisa, né? Já faz oito anos que a gente teve uma história e até hoje eu ainda sinto algo. Deve ser porque ele foi um dos poucos caras que nunca me decepcionou. E tem também a química... o beijo... Foda!

Ai, no mais, esse findi minha sobrinha maravilhosa faz 2 aninhos! Eeeee! Sábado tem festinha e vou fazer um revival dos tempos em que animava festinhas infantis. Amanhã tenho que comprar umas bexigas e outros apetrechos pra divertir a criançada!

Já me sinto um pouco melhor. Força na peruca e fé em Deus!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Fase!

Yeah, acho que estou saindo das 'fezes'. Breve conto TUDO aqui! Saudade de ter todos meus irmãos por perto!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Atualizando...

Vixi, sabe quando passa tanto tempo das coisas que tu quer contar que quando tu senta a bunda pra escrever (isso não se aplica pra mim, afinal, tô sempre sentada) as idéias já perderam força e sentido?!
Mas, tentarei. O coquetel foi show! Deu tudo certo, trago lindo e tá saindo bastante coisa na mídia.
Conheci uma menina mui especial, ela tem paralisia cerebral e vai fazer jornalismo. A guria é foda! Recém vai começar a facu e já tá fazendo assessoria de imprensa. Ela que apresentou a Turma da Febeca pro Faça a Diferença.
Nesse findi fui no casamento de uma amiga da família. Minha afilhada maravilhosa veio com minha mana mais velha. Coisa mais fofa do mundo tá essa criança!!! No casório na igreja, entre um discurso e outro do padre rolava uma música tocada por uma banda cristã, nessa hora a pitoca dançava. Bah, muito engraçado ela fazendo rolinho com o braço estilo madonna. Breve ponho no youtube.
Segunda minha mana menor foi assaltada na lotação. Tomei um puta cagaço quando ela chegou em casa chorando e chamando pelo meu nome. Saco demais essa insegurança. Me faz parar pra pensar se não é de picar a mula pra um país mais civilizado e com menos desigualdade social.
Terça minha outra mana (sim, são vááárias - todas lindas e muito queridas!)quebrou o pau por telefone com o nosso véio. Ela acionou a justiça pq ele não está pagando a pensão. Foram momentos de tensão, gritaria e choro. Que coisa, né? As vezes parece que vem um furacão e bagunça tudo. Tenho certeza que são as clássicas 'fases e fezes'. As vezes é construtivo uma bagunçada dessas pq ela te faz refletir e lembrar o que realmente é importante na vida.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Be a Rhino

Não lembro bem desde quando essa imagem me acompanha, mas toda vez que tenho um desafio ou obstáculo pela frente imagino que sou um rinoceronte. Nada pode parar um rhino. Quando fui pro claro curtas em SP os caras da produtora que tavam cobrindo o evento usavam uma camiseta com os dizeres 'be a rhino'. No dia da premiação, contei pra um deles esse meu teto do rinoceronte e ele, mui gentil, tirou a camiseta e me deu (ele tava com outra por cima, hehehe).
Bueno, a porra da camiseta conseguiu resumir em três palavras o que agora resumo em uma: determinação. Sabe aquela propaganda da axe, que tem um cara vestido de peixe e rola uma musiquinha sobre 'convicçãããão'? É isso. Convicção é tudo. E é nisso que eu tô pautando a minha vida. Eu decidi que vou vencer. Que vou voltar a andar. Que vou conseguir tudo o que eu quiser. Tem um ditado muito bacana que diz 'a tua felicidade é do tamanho da tua coragem.' Tá com medo? Be a rhino. Acha que não vai conseguir? Be a rhino. Acabaram as forças? Be a rhino. Nada segura um rinoceronte.

Aos fatos. Comprei meu carro. COMPREI MEU CARRO!!!!Tô muito feliz com isso. Muitão mesmo. Ainda não tenho a bendita carteira, tenho que passar pela junta médica do detran, solicitar as adaptações necessárias e fazer a auto-escola. Ainda vai um tempo nisso. Mas, eu já fico que nem uma retardada olhando o carro no quintal. Toda boba e orgulhosa, hehehehe. Meu passatão 99 é lindo! E cabe a cadeira inteira sem desmontar no porta malas, e o banco é de couro, se der mijadeira é só passar um paninho!!! Eeeeeeee!

Quanto ao coquetel, tudo em cima! Conseguimos patrocínio para comes, bebes, decoração, e já fiz um plano de divulgaçã massa! Vai bombar! Eeeeeee!

Quanto ao coração... decidi que vou ser um rinoceronte no amor tb. Chega de bancar a mulherzinha insuportável, carente e ansiosa. Convicçããããão!!!! Breve acho a tampa da panela!!!

Quanto ao livro... sim, a lenda do livro... o cara da editora sumiu, não responde e-mail, telefonema, scraaps, sinal de fumaça, nada! Então, vou fazer um projeto pra conseguir patrocínio e fazer por conta, simultaneamente com a porra do filme. O padilha sumiu, não deu retorno tb, e tem um diretor no rio que tá doido pra rodar a história! Be a rhino!!! E vamo que vamo!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

sobre os sonhos e as metas

Tive um sonho muito marcante esses dias. Na viagem onírica eu fui a um tatoo center com a Vivi, minha mana mais nova. Nós duas fizemos tatuagens. Eu pedi pra escreverem no meu antebraço esquerdo 'quem acredita, sempre alcança'. Engraçado lembrar de tantos detalhes, tipo, qual braço e a frase que foi tatuada. Acho que a esperança de voltar a andar está tão arraigada no meu ser que até no sonho ela é real. E mais, no sonho eu caminhava. Já o significado da tatoo da minha mana, eu desconheço... ela tatuava o corpo inteirinho com um desenho de dragão. Que teto.

Cheguei em porto sábado retrasado, almocei com minha mami e minhas manas, capotei na cama e acordei domingo a noite. Tava precisaaaaaando hibernar depois das inúmeras atividades no Sarah. Na segunda, retomei o trabalho na correria, editei um programa cujo material já estava todo gravado. Na páscoa o coelhinho foi muuuuuito bacana e permitiu que a família estivesse reunida! Eeeee! Meu manão veio da Nova Zelândia e minha mana mais velha desceu a serra junto com a minha afilhada, a criança mais linda do mundo (veja e confira!)

Bueno, das metas. Hoje em ritmo de alegria tive uma reunião muuuuito boa! Estou agilizando com a presidência da assembleia um coquetel pra comemorar um ano de faça a diferença! Eeeeee! Vai ser muuuuuito massa! Em breve posto o convite aqui!!!

Das metas 2. Decidi que vou comprar a porra do carro. Vou parar a fisio e a equoterapia por um mês pra fazer a carteira de motorista e financiar 100% um corolão 95 ou assemelhado. Chega de rasgar $$$ com táxi!!!!

Das metas parte 3. Vamos agilizar um reveilão/2010 de aleijados no rio e enxer copacabana de cadeirantes! Claro que pra viabilizar o projeto serão necessários andantes... Quem tá dentro?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Perfeição

Como sou brasileira e não desisto nunca, depois de muito trabalho, muita conversa, muita tentativa de sedução, finalmente o mineirinho que fugia de mim como o diabo foge da cruz deixou que eu me aproximasse. Me aproximasse bastante.
Foda que vou embora amanhã de manhã. Queria poder ficar pertinho por mais tempo. E como amor de sarah não sobe rampa, sei lá se vou cruzar com o rapaz de novo tão cedo.

Andei pensando na vida nessa semana e me dei conta que a perfeição existe. Não que exista uma vida perfeita. Acreditar nisso é loucura ou ingenuidade. Mas, nem tudo está perdido porque existem momentos perfeitos. São aquelas situações em que tu está exatamente onde quer estar, fazendo exatamente o quer fazer. É a presença de espírito plena, é sentir que existe um lugar no mundo que é teu, é se sentir totalmente integrado, ser a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa, é a perfeição. Vivi alguns momentos assim nessa internação.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O causo da capivara

Não adianta negar. Beijar na boca aqui no lago faz parte da reabilitação (afetiva, emocional, amorosa, sexual, etc). Nessa internação, a cousa tá braba. De todos pacientes, apenas dois meninos fazem o meu tipo. Um deles tem namorada. Seguindo a premissa do não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você, eu não vou atacar o moleque. O outro rapaz, já tentei me aproximar inúmeras vezes, mas a criatura foge de mim como o diabo foge da cruz. Okay. Faz tempo que eu aprendi a perder, e também não estou tão desesperada assim.
Numa noite dessas, estava uma tchurma na varanda observando algo. Me aproximei pra ver o que era. Uma capivara tava curtindo o clima aconchegante do lago. Ela tava ali, na berinha da água, viajando, sem se importar com os olhares curiosos que lhes eram direcionados.
Conversa vai, conversa vem, a tchurma dispersou, a capivara foi pra mais perto da água. Mais um tempinho se passa e eu resolvo brincar de 'sem as mãos'. É uma das maneiras de se obter diversão e adrenalina na cadeira. Desci a lomba que levava até onde a caipivara estava. Só que a sequela aqui esqueceu da capivara... E quando eu tava quase chegando na parte plana, vi o bicho. Gritei 'aaaah, uma capivara!"
A porra do bicho, deu um urro. Nessa hora senti o coração desparar e imaginei a maldita capivara me dando uma falatit e derrubando da cadeira. Pus as mãos nos olhos pra não ver. Na sequencia do urro, o bicho se tocou na água. Tudo em fração de segundos.
Mais, tarde, recuperada do trauma brinquei que ia mudar o foco, já que nenhum dos moleques queria nada comigo, eu ia investir na capivara. O Sid, aleijado mais engraçado que conheço debochou, 'nem a capivara te quer!'
"Uuuuh!""Tublush!"

segunda-feira, 16 de março de 2009

As mil e uma noites na Rede Sarah

Tenho escutado tantas histórias por aqui. Tantas, mas tantas que dariam uma obra semelhante ao clássico da literatura persa. Mas, ao invés de serem contadas por Sherazade, os causos vem dos diversos pacientes e seus acompanhantes, que assim como eu, tem muita história pra contar.
Faz quatro anos que venho pro sarah, mas nessa internação, em especial, conheci pessoas com tragetórias de vida realmente doloridas.
Conheci um rapaz do lesado cerebral que lá pelos 17 anos foi numa festa a fantasia vestido de xeque. O infeliz foi dar uma mijada num barranco, pisou na capa, escorregou e teve traumatismo craniano. Dez meses depois da tragédia, o irmão do guri sofreu um acidente de carro e ficou tetra. Foda pra caralho.
Tem também um moleque de 20 anos que é jogador de futebol do Pelotas. Ele tava voltando pra casa, e um policial confundiu o carro dele com o dum assaltante que acabara de roubar uma farmácia. O tiro pegou na coluna e faz quatro meses que ele parou de jogar bola.
Conheci uma paulista muito gente fina. Ela tava internada com os dois filhos pequenos. Depois de uma discussão com o marido, ela saiu de carro com os meninos. O pneu de tras do corsinha estourou e eles capotaram diversas vezes até o carro parar de pé. Ela ficou ilesa, mas os meninos não estavam no carro. Os dois voaram pela janela e cairam numas valetas na beira da estrada. Na sequencia da capotagem, um outro carro bateu no corsa cuja roda parou a centimetros da cabeça do filho mais novo. Os dois tiveram lesão cerebral. Ficaram na UTI por um fio. Os DOIS filhos. Pataqueparéu. Graças a deus e ao empenho da mamãe, eles estão cada vez melhores, se recuperando muito bem.
Tem a história também dum guri de minas que foi pular na piscina e quebrou o pescoço. O pai dele é quem acompanha, cuida, faz tudo. Até aí, conheço muita gente que ficou tetra assim, e que tem pai presente, mas o fato é muito tempo antes, no primeiro casamento, o pai desse moleque perdeu a esposa e um filho de apenas 11 anos. Gente, o homi enterrou sua família e agora cuida do único filho tetra.
E tem mais muita história cabeluda por vir. O mais incrível, é que essa galera toda tá sempre com um sorriso na cara, tem sempre uma piada pra contar da situação. Tem forças sei lá eu de onde, pra seguir tocando a vida.
A sensação que tenho é que cada uma dessas histórias dava um filme. Um puta filme, com exemplos de tragédia e superação. É muito louco ter todos os protagonistas reunidos, aqui, no lago.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Mil coisas

Fazia dias que eu não arranjava tempo de escrever... entao, varias cousas pra dividir.
Por partes, como nosso amigo jack:
1000. minha grande amiga mary alice que mora na alemanha passou uma temporada no brasil. Veio com o namorado, futuro marido. Tenho que arranjar grana pra ir no casorio ano que vem nas 'zoropa'. Bueno, o cara nasceu na romenia e mora na alemanha desde os seis anos de idade. A gente falava so em ingles pra que o rapaz pudesse ficar integrado. Usei afu meu indian inglhish. Fiquei feliz porque mesmo com meu vocabulário tosco, conjugacoes verbais inexistentes e sotaque indiano consegui fazer piadas. Isso me levou a conclusao de que o humor e algo universal. Se eu brasileira faço uma piada com ingles asiatico e um cara romeno que vive na alemnaha entende e ri, a comedia so pode ser algo universal.
2000. fiz uma noite muito divertida e engracada quinta passada. O famoso ladies nights que reune a muguegada da facul. pouco antes de eu chegar as gurias estavam com frio e pediram pro garcon desligar o ventilador e ele disse que nao podia, etc.
Caipirinha vai, caipirinha vem, escondidinho de camarao vai... chamei o garcao e larguei um convincente: 'moço, eu tenho uma doena e nao posso pegar vento'. Funcionou. As gurias contiveram ao maximo o riso e eu quase cai na gargalhada assim que o cara virou as costas.
Bueno, encontramos um outro amigo da facul que sentou numa mesa proxima com um parceiro que tava de gravata. Escrevi um bilhetinho: amigo de gravata, hoje e quinta ja passa das onze e tu com essa gravata, pelo amor de deus, tira essa gravata, ela lembra trabalho e a gente quer beber!
O bilhetinho chegou no rapaz que deu uma risadinha e prontamente tirou a porra da gravata. Em seguida, sinalizou que tinha outro cara engravatado. fiz outro bilhetinho no mesmo estilo. A mesa do cara tava super cheia e o papelucho circulou por todos os integrantes que inicaram um coro: 'tira, tira, tira'.
Nao é que o filho da puta nao tirou!!!
Mais uma caipirinha, mandei outro bilhete: ‘sera que ele transa de meia:’
Ai, deixa picando que nois chuta.
3000. fui no laika sabado, com a mesma tchura de quinta. Como aquele inferninho tem um banheiro maldito e com a porta estreita levei duas cangas pra fazer uma cabaninha na hora do cate. Bueno, a festa tava suuuper divertida, vi um gostoso e com martini na cabeça cheia de atitude perguntei ‘ta solteiro’, o lindo, estendeu as duas maos mostrando que nao tinha aliança. Ja sentou pertinho, e eu entrei de sola. Ai, o guri queria filosofar sobre o que era o beijo. Pelamordedeus, falei que nao gostava de filosofar. E deu certo.
Depois a louca (o gostoso e nao eu) pegou umas duas bichas. Ui! Noite louca!
La pelo meio da madruga, precisava fazer o cati. Eu ainda nao tava preparada psicologicamente pra montar a tendinha do xixi. Fomos na missao impossivel botar o aleijado dentro do banheiro. A entrada do troço era muuuito estreita e o jeito foi tirar as duas rodas grandes da cadeira e entrar estilo carrinho de mao, depois recolocar as rodas. Dei um mijao publico enquanto uma mulher dura de trago tinha um momento te considero e dizia que aquilo (minhas amigas me ajudando a mijar) era a maior prova de amizada que exisitia, hic!
Depois de mais festa, nova iminencia de urina. Dessa vez eu tava apta a encarar as cangas. Fomos pro hall do pico, as gurias fizeram a cabaninha e enxi uma garrafa plastica que achei por ali.
4000. estou no sarah, eeee! Agora to escrevendo no meu computer, na varanda, as margens do paranoa e mais tarde vou postar essa joça. Reencontrei o sid e o iguinho, aleijados gente finissima e estou conhecendo outros muito legais tambem. tem um guri do lesado cerebral que é muito azarado. O guri foi numa festa a fantasia de xeque, foi mijar num barranco e quando estava descendo escorregou na capa e bateu a cabeça. Pata que pareu...
to cheia de ideias na cabeça, vamos ver se da pra fazer um doc e mais uma parodia de clipe de musica brega. Mui feliz, ainda com o sono atrasado da semana. Trabalhei que nem um cavalo pra deixar os programas prontos pra poder viajar. Bom demais estar aqui como sempre.

sexta-feira, 6 de março de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

As velhas novas

Como sempre meus assuntos giram em torno da iminência do livro, do filme, do programa e da paraplegia e suas implicações.

Sabe aquele celular maneiro que ganhei no festival da claro? Pois é, tinha que vender aquela naba pra dividir a grana com a equipe que fez o filmito. Anunciei no mercado livre e fui vítima de estelionato virtual. A primeira vez a gente nunca esquece. A partir de agora tomarei mais cuidado com as negociações na internet. O pior é que o filho da puta que me enganou botou o endereço pra receber o celular numa caixa postal. Momento: tomeinocu.com.br.
Agora tenho que imprimir todos os e-mails que troquei com o fdp do 171 e também os e-mails que troquei com o mercado livre e ir na delegacia mais próxima fazer o B.O.

Quanto ao livro, o cara da editora ainda não me deu retorno. Tá demorando, né? Quero saber logo se vai ou racha. Não dá pra perder tempo, essa porra sai esse ano. Questão de honra. E o Padilha também não retornou ainda. Não sei se o hômi já leu ou não o material. Momento: senta e espera. Ou melhor, continua sentada esperando.

Ainda quanto ao livro, nada do meu ex-namorado das antigas me dar um retorno, se leu, não leu, gostou, não gostou, etc. Momento: esquece, que não vem resposta.

No trabalho, tudo indo super bem. O programa fecha um ano em maio e a partir daí será semanal. Mais trabalho, eu sei. Mas se a diretoria quer aumentar a periodicidade é pq tá bom, né?
Também estou pensando em dar uma renovada na cara do troço. Vamos criar dois quadros que serão exibidos intercaladamente, cada um numa semana. Detalhes mais adiante...

Quanto a paraplegia propriamente dita, aumentei minhas sessões de fisio. A rotina tá assim: segunta na clinica, terça e quinta atendimento domiciliar e quarta na equo. Tá puxado, mas tá bom. Hoje fiquei bastante tempo em pé. Logo vou pro sarah, dia nove de março, e já estou com aquela ansiedade pré internação. Bah, vai ser muito massa reencontrar alguns aleijados queridos do meu coração. Vamos reativar a tetra produções, responsável pela pérola desta postagem aqui. E já tenho um roteirinho na cabeça pra fazer um mini documentario enquanto estiver por lá. O tema, óbvio, sexo dos cadeirantes.

Ainda, na temática PARAPLÉTICA (como diria meu podólogo), quarta feira passada foi um dia difícil. Estava eu no corredor da TV Assembléia conversando amenidades com um colega quando uma súbita e fulminante dor de barriga limpou meu intestino em poucos segundos. Se não fosse trágico era cômico. Me caguei afú no corredor na frente do colega. Ele ia falando, eu sentindo aquele aroma mara subindo enquanto tentava encerrar a porra da conversa. Saquei meu celular e liguei pra vivi ali do corredor mesmo. 'Amore, vem aqui que a coisa tá feia.' E adiantei: 'traz reforço'. Em poucos segundos minha mana e outra colega nossa que é de confiança me encontraram ali no corredor toda cagada (tá, não dava pra ver, mas dava pra sentir pela minha cara que algo não estava certo).
Corremos pro banheiro do primeiro andar. Como deus e pai não é padrasto, eu tinha comprado uma caixa de luvas e algumas sondas pela manhã. As gurias me ajudaram a passar pro vaso, sairam pra tomar um ar, buscar as benditas luvas e uma garrafa de refri com água.
Nesse interim, fiquei ali apodrecendo o banheiro. A sensação que eu tinha era que alguém tava torcendo meu intestino como se fosse uma toalha molhada, sabe? E cada vez que torciam a porra da toalha, saia água...
Bom, quase interditei o primeiro andar inteiro. As gurias chegaram e disseram que dava pra sentir a bufa que saia quando abriram a porta do banheiro. Ainda debochei que se a cousa continuasse naquele ritmo de cu de corvo morto com urubu podre eu ia fechar o parlamento já quea s reuniões dos deputados acontecem também no primeiro andar. Enfim, foi foda. No dia seguinte não fui trabalhar porque a cólica continuava moooito forte. E na sexta, ainda com um pouco de dor de barriga, encarei o expediente. De tarde eu tinha uma pauta num galpão de reciclagem, então, se desse merda, tava tudo em casa.

No mais, aproveitando a vida junto dos amigos e da família, que é o que realmente importa nessa vida.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

S.O.S. Rafa Caroni

Gentem, estamos produzindo um 'Faça a Diferença' sobre prevenção de lesão medular por mergulho e afogamento. Sabe como é, verão, calor, caipirinha, churrasquinho, imprudência, congestão, brincadeiras perigosas... podem dar em acidentes trágicos. E foi nesse contexto que o Rafael Caroni, 29 anos, que é o case desse próximo programa, sofreu um afogamento. Segue abaixo a matéria feita pela Camila, minha parceira de trabalho. O vídeo fecha o programa que vai ao ar no outro findi (dia 08/02).

Quem puder ajudar a divulgar, plis, o faça. Colaborações em $ podem ser depositadas na contas contas abaixo:

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Eeee - parte 2



Ó o que saiu na revista.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Eeeeee!

Quinta passada me encontrei o com cara da Não Editora. Falei e ele escutou por praticamente duas horas. Eu estava cansada, então volta e meia me perdia nas estórias que contava. Ele me ajudava a retomar o prumo e volta e meia dizia 'conta mais'. Confessou que ficou curioso pra ler o material impresso e encadernado que lhe entreguei: o bendito livro.
No final do bate-papo descontraído perguntei: 'te convenci?'
Pra minha alegria o hômi respondeu afirmativamente.
Então, agora é esperar ele ler (tem outros livros na frente). Tô louca pra ligar e fazer aquela piadinha, que aleijado tem prioridade na fila coisa e tal, hehehe. Mas, estou me contendo.
Bueno, depois que ele ler, se gostar, apresenta pros outros caras da não editora. Se os outros caras gostarem, a gente arregaça as mangas e põe a mão na massa. Ele deixou claro que não é um trabalho rápido, então tenho que ter paciência. E aqui com os meus botões penso que tenho phd na arte de esperar. A lesão medular ensina a ter paciência... Até a ansiedade estou conseguindo controlar.

Bom, ainda semana passada, fui no vascular porque tava bem preocupada com a coloração arroxeada que tomava meus pés quando eles ficam muito tempo pra baixo. Mais a história de fumar, o histórico de trombose, a falta de ar (que graças a deus era pela ansiedade)... Bueno, fui lá falar com o médico pra tirar a limpo essas paradas.
Graças a deus, ele me tranquilizou. Vou fazer um exame para comprovar mas provavelmente os pés ficavam duas beterrabas por uma sequela tardia da trombose. Ele explicou que os vasos sanguíneos tem 'valvulas' que controlam o ir e vir do sangue. A trombose pode ter lesado essas válvulas de maneira que o vir do liquido vermelho ficou lento. Basta levantar um pouco as pernas, mexer um pouco os pés, que tudo volta ao normal: o branco reluzente de quem não põe as canelas no sol faz tempo! e mais, disse que pitar até quatro cigarros por dia não representa risco algum do ponto de vista clínico. Quem fuma quatro cigarretes por dia não é nem considerado fumante! Uhu! Posso desfrutar desse pequeno prazer mundano sem culpa!

Mas então, quê eu tava contando mesmo... Ah, tempos atrás me ligou uma jornalista da revista sou + eu, um periódico bem popular da abril que trás além de dietas milagrosas e causos inusitados, histórias de superação. Então, gentem, escrevi resumidamente minha história. A versão quase completa (afinal, não dá pra colocar uma vida num livro) você encontrará em breve, se tudo der certo, e eu sei que vai dar, nas livrarias cultura desse brasil de meu deus! Bueno, a matéria saiu essa semana, compra lá que é baratinho. Dois pilas, duas páginas e fotinho colorida com a Camilinha (minha parceira de trampo que é cega). Legal que publicaram tudo que escrevi, inclusive da pretensão do livro pra 2009.

No mais, hoje a sogra do meu irmão fez a cirurgia para recolocar a calota craniana no lugar. Vou ligar mais tarde pra minha cunhada amada. Ontem, falei longamente com meu manão. Tão bom usar esses artifícios tecnológicos (msn e webcam) pra sentir
que quem a gente ama nem tá tão longe assim. Força na peruca! Tudo dando certo!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Pout-pourri

Ai, quero falar sobre várias coisas. Episódios que deveriam ter sido contados antes, logo que aconteceram. Não deu. Então puxo da memória as estórias.
Semana passada fiz supermercado pela primeira vez sozinha desde que estou na cadeira. Foi bom. Mas, no começo eu estava um pouco sem jeito. Peguei um carrinho pequeno, daqueles estreitos que tem dois andares. Inicialmente, eu tocava o carrinho e saia correndo atrás. Nessa, consegui bater o troço nas estantes além de tocar a porra do carrinho na bunda de uma mulher.
Como 2009 promete, entrei na dieta. Tive uma conversa séria com minha fisio e temos certeza que a perda de peso vai me ajudar na reabilitaçã. Buenas, lá foi a aleijada no supermercado comprar frutas e verduras. Fazia muito tempo que eu não escolhia frutas. Muito tempo mesmo. Totalmente sem base eu pegava as frutinhas mais de baixo (até porque as mais altas fica dificil mesmo). Nem sei contar quantas maças caíram no chão. Derrubei também pimentão, e mais uma caralhada de vegetais. Com o tempo vou pegar a prática.
Descobri também que consigo tocar a cadeira levando o carrinho. Com uma mão eu toco a cadeira e com a outra vou dirigindo a cesta de compras.

De saco pra mala, também semana passada tive uma conversa muito louca com uma colega de trabalho. Conversamos sobre sociedades secretas, teorias da conspiração e cousas do gênero. É bizarro pensar que várias acontecimentos no mundo podem ser um faz de conta. Que guerras, catástrofes e 'a crise' podem ser não algo inevitável e sem controle, mas sim uma manipulação pérfida de gente que literalmente manda no mundo. Tô louca pra assistir o filme zeitgeist que trata do tema.

De mala pra sacola, estou tentando me concentrar nas metas pra 2009. Quero publicar a porra do livro. Entrei em contato com um cara da Não Editora que é de uma gurizada nova. Achei muito legal a parada, vou ligar pra ele mais tarde. Tomara que dê pra encaixar meu projeto na linha editorial deles. Quero que a porra do livro vire filme. O Zé Padilha me retornou um e-mail dizendo que o final do ano foi fudido mas que breve vai ler o que mandei e dai entra em contato. Cruzo os dedos. Tem que rolar. Tomara que ele curta muito a história. Se não rolar por aí, ataco com o plano B. A Tatá que conheci no claro curtas falou do livro pra um diretor lá do Rio. Ele ficou super interessado.

De sacola pra mochila, tô produzindo um programa sobre como a cultura hip hop serve de ferramenta para inclusão social. Vai ficar massa. Falei com o Perna e vou fechar o programa com o case dele. Descobri que o fofo tinha sumido porque tá namorando. Que bonitinho, primeira namorada. Descobri também que não era paixão nem nada do tipo e sim sexo. E me dei conta dum troço muito louco. Nós, mulheres nos apegamos e apaixonamos tão fácil pra justificar o sexo. Já a maioria dos homens não precisa disso. Acho que é um mecanismo bastante cultural. Por exemplo, a guria vai lá fica com o cara e transa na primeira saída (ou única). Grande parte das mulheres fica sentindo uma espécie de culpa ou autocrítica. Porque infelizmente por mais que as coisas tenham evoluído no que tange a guerra dos sexos, mulher que dá pra todo mundo é puta e homem que come todo mundo é fodão. Então, a gente fica fazedo histórinhas na cabeça, romanceando uma relação que foi puramente carnal, só pra justificar o sexo.

De mochila pra necessaire, mandei o livro pro Lucas, meu ex-namorado da época em que tive a lesão. Bah, essa história tá mexendo comigo. Duma hora pra outra passei a pensar um montão nele e ficar imaginando como esse revival (porquê tem muita cousa que a gente viveu escrita no livro) vai ser recebido por ele. Tô curiosa pra saber que tipo de sentimento essas lembranças vão despertar. Veremos. Ele ficou de me dar um feedback após a leitura.

Enfim, de necessaire pra niqueleira. Estou lendo um livro sobre uma história impressionante. 'A história de minha vida' de Helen Keller. Ela ficou surda e cega devido a uma doença quando tinha apenas 1 ano e meio de idade. Aprendeu a se comunicar e usar a linguagem (tô louca pra descobrir como!)e escreveu 14 livros. Sem dúvida, uma história extraordinária de superação. Caralho, deveria ser absurdo o vazio e o sentimento de solidão antes dela conseguir se comunicar. Recomendio.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Luisa

Foi bom demais Natal e Ano Novo em família. Especialmente por ter meu manão por perto e a minha sobrinha-afilhada-criança-mais-linda-do-mundo juntinho. Ela é uma paixão. E não é só babação de dinda, não. Presta atenção e me diz se ela é ou não é uma criança incrível.
A tia Lu deu de natal pro nenê um kit de desenho com bloco, canetinhas, lápis de cor e giz de cera. Ela amou o presente. No dia seguinte, sentada no chão pra brincar de colorir, ela olhou pra mim e deu dois tapinhas com a palma da mão no chão, tipo 'senta aqui pra pintar comigo, dida'. A vovó e eu explicamos pra ela que a dinda não tinha como ir pro chão. A vovó buscou uma cadeira, um apoiador e explicou pro nenê que ela teria que sentar na cadeira pra poder pintar com a dida. Ai, ela entendeu tudo e coisa mais fofa do mundo ajudou a juntar o bloco e os lápis pra cima do apoiador.


Outro momento muito marcante pra mim durante esse convívio natalino com a minha sobrinha foi a nossa grande conquista sobre a distância da minha cadeira ao chão. Eu não tenho controle de tronco suficiente pra pega-la com meus dois braços e senta-la no meu colo. Mas, como a união faz a força, descobrimos uma maneira dela 'escalar a dida'. Deve dar agonia de ver, mas funciona: ela se posiciona na frente da dida, põe os pé em cima dos meus e estica os bracinhos. Eu seguro seus bracinhos com os meus brações e jogo o peso do meu corpo pra trás pra gente não emborcar pra frente. Nós duas nos peidamos fazendo força e tcham-tcham a Luisa consegue escalar a dida! Daí é só alegria: nós assistimos vídeos engraçados de gato e cachorro no youtube (ela adora), nós brincamos de colorir na mesa de jantar, a gente brinca de carrinho (eu seguro ela e a vóvo empurra minha cadeira), e assim vai.
Agora me diz, é ou não é uma criança maravilhosa?
Ela faz eu me sentir incluída, sabe? E faz da maneira mais espontânea possível. Faz com a honestidade que só uma criança de 1 ano e meio tem.