Bueno, sai do frio de Porto Alegre domingo passado. Vim pra Brasília toda encasacada, de bota e guaiaca. Cheguei no cerrado e passei muito calor, mas muito calor até conseguir trocar de roupa.
Fiz a admissão no Sarah segunda de manhã. Bom demais estar de volta ao lago e rever a galera que trabalha aqui. Dessa vez não tem muita gente internada. Estou sozinha na enfermaria feminina: tô de rainha. Hehehehe. Quanto aos bofes, sabe como é sempre rola um romance por aqui, a coisa tá fraca... Veremos quem mais interna. Nham, nham.
No momento, sofro cólicas terríveis. A única parte foda de vir pro sarah é o bendito 'preparo'. Um ritual macabro de limpeza intestinal para realização de alguns exames. Veja bem a situação. São três dias comendo apenas alimentos que não deixam resíduo. No almoço e janta: chuchu, frango, abobrinha e batata. Café da manhã e ceia: torradinha com geleia e chá ou água de coco. Somado ao martírio gastronômico, as nurses te dão uma mistura bizarra de tamarine + óleo de rícino + luftal (um tubo inteiro!). Tamarine, pra quem não conhece, parece uma lama negra com gosto de geleia de sei lá o quê. Meu, tu caga até quase morrer. Se esvai mesmo. Devo ter emagrecido já um bocado, o que por um lado é bom visto que estou mui porpeta! Engordei sete quilos desde a última internação. Já falei com a nutricionista e vou fazer aquela reeducação alimentar. Chega dessa história de ser gordinha mas feliz.
No mais, antes de viajar conversei um pouco com meu irmão que mora há cinco anos na Nova Zelândia. Como sinto falta desse guri. Foda. A gente filosofou sobre a vida. Sobre uma das poucas certezas que essa experiência maluca tem: a finitude. Gentém, a brincadeira tem prazo de validade. Procuro ter isso em mente todos os dias: a vida tem hora pra acabar. Assim, não perco tempo com bobagem. Ah, e tem mais um detalhe, no rótulo não tá a data da validade. Isso é muito foda. Quem garante que se vai estar aqui amanhã? Se joga!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
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4 comentários:
"...Na vida e no amor não temos garantias..." (Arnaldo Jabor) Mas tb que graça teria se tivéssemos? O grande lance é tentar...e perder e ganhar é uma questão de ponto de vista..rsrs
E se pensarmos bem, nem mesmo a finitude é certa. Tem gente por aí que garante que há vida após o "temido fim". O certo é que temos que aproveitar..isso sim.. por falar nisso se aparecer algum gatinho avise...rsrss
ILUMINADA...LINDA...GENTE BOA...INTELIGENTE... SIMPATICA.... EMUITOMAIS...
JU SE CUIDA AÍ.... BJUS
ANA
Robquest, bem lembrado. O amor tb não apresenta garantias, e tá ai a graça, né?
Ana, tô me cuidando!!!
Beijocas!-
Oiii Juliana,
pior que vc acertou, eu sou fodaa, cara-de-pau! Mas quem não arrisca nao petisca..
Espero que arranje uns gatos, ai no hospital, pois namorar é muito bom! Vai com tudo...
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