Embora a reflexão merecesse muito tempo, minhas pernas estão abrindo o que significa que tenho que fazer xixi. Então, serei breve. Mas, antes clica aqui (com o botão da direita e abre em uma nova janela) porque a reflexão merece trilha sonora.
Sexta feira a sogra do meu irmão teve um AVC. Os médicos não sabiam se ela sobreviveria a cirurgia. Graças a deus, ela resistiu, mas ainda está em estado grave na UTI. Meu irmão e minha cunhada despencaram da Nova Zelândia pro Brasil. Cheragam ontem no país.
Porque a vida faz dessas com a gente? Ele recém conseguiu validar o diploma lá, está começando a construção de uma carreira, sei, de muito sucesso. Ela tinha chegado em Auckland fazia pouco, começado a trabalhar há uma semana. Daí vem a senhora vida, estilo bola de boliche fazer strike nos pinos alheios. E deu, sem avisar de onde vem. Ela desmancha tudo. Ou deixa em suspensão.
Ele volta pra NZ domingo, e ela fica no Brasil até a Dona Maria se recuperar. E a minha cunhada amada do coração fica duplamente triste, porque a mãe está numa situação delicada, sujeita a ficar com sequelas e por ficar longe do amor da sua vida não se sabe por quanto tempo ainda.
Na boa, provavelmente antes de nascer, ou sei lá, quando começa a vida... Mas, antes de começar a viver a gente assina um contratinho com o universo. Nas clausulas diz que tu vai experimentar as sensações mais incríveis, os prazeres mais indescritíveis, vai achar que o tempo é curto pra fazer tudo, vai amar, sorrir, ser feliz, vai desejar viver 100 anos.
Só que também faz parte do acordo, e tá lá em letrinhas miúdas, que pra ter acesso a todos esses benefícios existem condicionantes: experimentar as piores dores, perder o chão quando menos se espera, sentir o buraco que abre no peito mediante a impotencia, desejar não existir tamanha dor que te consome.
Tá tudo lá, no contrato desse grande e imprevisível negócio chamado vida.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
10 comentários:
É isso mesmo Juliana.
Costumo dizer que somos "o protagonista" do nosso próprio filme. O "diretor" é Deus, o roteiro é a nossa vida nesse "contrato" que assinamos.
Como todo filme, pra chegar no fim, tem que ter conflitos e desencontros, senão o OSCAR passa longe!
Um grande beijo e muita força aí pra vcs.
Adorei o texto. Beijos
Amei!
Parece que a vida tá sempre querendo que a gente prove algo. Se supere sempre! E fracos são aqueles que desistem antes de tentar.
Um beijo.
Vi um coments seu no blog do Jairo, vi que vc deixou o endereço do seu e vim logo dar uma olhada! Paixão á primeira vista... FATO!!! Inclusive peguei uma parte do seu texto emprestado e coloquei no meu profile do Orkut... pode?!? Ah, mais uma coisa... já te add aos meus favoritos. Bjo grande!
claro que pode, Talita!
e vamos em frente.
bjs!
Oi, Ju! Lindo texto, como sempre. Nem precisava da trilha sonora...
Tô morrendo de saudades tuas. Tu tem que vir me visitar de novo, né? Ainda mais que agora eu descobri uma companhia de táxis adaptados aqui no Rio (deixei um comentário sobre o assunto lá no blog do Jairo). Ah, e como elogio nunca faz mal, a Carla me disse que foi no teu aniversário e que tu estás LINDA!
Beijo!
a vida é mesmo muito louca... vai entender... força pra bina...
p.s.: olha só, nem publicou ainda e já está sendo citada! uhu!
saudades!
Caneca, muita saudade mesmo! Assim que a situaçã financeira estabilizar vou certo te visitar!!! Beijão!
Também tenho essa visão mais universal do que qualquer coisa, afinal, surgimos da mesma poeira cósmica, e não somos mais do que grãozinhos de areia... enquanto sopra o vento... a vida.
Adorei o texto.
Vim aqui através da matéria da ZH sobre seu curta.
Gostei mto de vc mesmo sem te conhecer. Bj!
Amei muito o texto do "contrato".
Nem o Borges teria dito melhor, da natureza destas coisas..."Nadie rebaje a lágrima o reproche esta déclaración de la maestria de Dios que con magnifica ironia me dio a la vez los libros y la noche"... e aí vai...
Beijão...
PAI
Postar um comentário