A vida é foda! sonhei semana passada que meu manão tava vindo passar o natal com a gente. falei com ele no msn dias depois, contei do sonho e ele confessou que estava pensando em vir mas não havia conseguido passagem.
hj to no trampo quando mami me liga: 'o mano tá chegando dia 25!'
bah, só alegria!
já transferimos a ceia natalina pro dia 26 ao meio dia. a maricota vai tentar transferir os plantões e quem sabe o post abaixo se realiza?!
família reunida! brigada, papai noel!
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Então é (quase) Natal...
Saudade fudida de ter minha família reunida. O Chuchu vai passar o Natal lá na Nova Zelandia. 10.000km daqui. A maricota serelepe vai ter plantão natalino no hospital, logo comerá o peru em New Silver junto com o maridão e a minha afilhada-criança-mais-linda-do-mundo.
Bah, saudade grande e doída de ter a irmandade reunida. Tomara que a gente consiga juntar a trupe no ano que vem.
E hoje conversei longamente com meu manão. Até pedi penico (umas lagriminhas, sabe como é...). Pra mim é inevitável lembrar toda barra que ele segurou comigo. Sabe aqueles momentos em que tu precisa de ajuda? Aqueles momentos mais difíceis da vida, em que tu realmente precisa de parceria... Quando eu precisei meu manão tava ali, firme. Ele, mami, minhas manas. Vários amigos. Acho que a gratidão é um sentimento que vai me acompanhar a vida toda. Ai, vou parar por aqui, senão vai rolar um penico de novo!
Bah, saudade grande e doída de ter a irmandade reunida. Tomara que a gente consiga juntar a trupe no ano que vem.
E hoje conversei longamente com meu manão. Até pedi penico (umas lagriminhas, sabe como é...). Pra mim é inevitável lembrar toda barra que ele segurou comigo. Sabe aqueles momentos em que tu precisa de ajuda? Aqueles momentos mais difíceis da vida, em que tu realmente precisa de parceria... Quando eu precisei meu manão tava ali, firme. Ele, mami, minhas manas. Vários amigos. Acho que a gratidão é um sentimento que vai me acompanhar a vida toda. Ai, vou parar por aqui, senão vai rolar um penico de novo!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Comédia da vida aleijada - a saga
Aconteceu esses dias um troço com um brother meu que é cadeirante também. A história é muito comédia da vida aleijada. Presta atenção:
O guri quebrou o pescoço num tombo besta dentro do mar. Tava no ombro de um amigo, o pé escorregou e ele caiu de lado. Tinha um maldito banco de areia ali pertinho. Ele bateu a cabeça no banco e quebrou a cervical. Tudo bem, acidentes acontecem.
Mas, me diz se não é muito azar ter uma lesão medular antes de perder a virgindade!? Apesar de ter 18 anos na época, o fofo ainda não tinha usado o pinto pro seu fim mais óbvio. E embora existam vários recursos para continuar fazendo sexo depois da lesão, não é a mesma coisa (imagino eu) já que o corpo muda completamente.
Buenas, a saga continua. Depois da lesão ele conheceu uma gatinha e nhac, transou com ela. Tá, a maioria deve estar se perguntando 'mas o pinto do aleijado...'? Funciona. Aleijado faz o que todo mundo faz, só que as vezes de modo um pouco diferente. Bom, o fato é que ele fez sexo com apenas duas gurias até hoje. E, tcham, tcham! Pegou uma DST. Fala serio! Tem tanta gente que dá pra deus e o mundo, tanto cara que passa o salame na galera e não pega nem um hpvzinho básico! chega lá o rapaz, praticamente virgem, e pega uma pereba! Definitivamente, a vida não é justa.
Mas, a saga continua... segundo esse meu brother, a ereção after a lesão é vapt vupt, tem que aproveitar quando o jonny se levanta! e nessa pressa não usou camisinha...
normalemente os rapazes lesados utilizam drogas (como o famoso viagra, ou a desconhecida papaverina) pra manter a ereção pelo tempo desejado, só que ainda não era este o caso dele. Inicialmente, seu pinto mantinha a ereção, depois de um tempo passou a ficar instável e hoje ele utiliza os recursos farmacológicos para desfrutar a vida.
Bom, com cousas estranhas no pinto ele foi num médico que receitou aciclovir pensando ser herpes a pereba. Ele tratou, as coisas estranhas desapareceram e depois voltaram. Chegando em porto, foi na emergencia da puc. Realiza a cena, chega um cadeirante e diz pro médico: 'Doutor, tô com alguma pereba no pênis'. Eu tento imaginar a cara do médico (dos médicos, porque a esta altura já tinha quase uma junta pra avaliar o caso), que certamente (como a grande maioria das pessoas) acha que os lesados medulares não fazem sexo, ainda mais sexo inseguro.
Depois de 'causar' no pronto puc, meu brother voltou pra casa sem diagnóstico e com a recomendação de consultar um centro de dermatologia especializado em dst. Amanhã ele vai lá. Tomara que seja algo light como uma herpes genital ou coisa assim.
Agora, fica o recado, essa história que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, ou aquele papinho (que por sinal eu uso um monte) de que tenho o corpo fechado porque já paguei meus pecados, ou ainda a mentalidade do complexo de super homem que a maioria de nós jovens temos do 'isso não vai acontecer comigo' é fria. Tem que ficar esperto. Sexo só com camisinha.
O guri quebrou o pescoço num tombo besta dentro do mar. Tava no ombro de um amigo, o pé escorregou e ele caiu de lado. Tinha um maldito banco de areia ali pertinho. Ele bateu a cabeça no banco e quebrou a cervical. Tudo bem, acidentes acontecem.
Mas, me diz se não é muito azar ter uma lesão medular antes de perder a virgindade!? Apesar de ter 18 anos na época, o fofo ainda não tinha usado o pinto pro seu fim mais óbvio. E embora existam vários recursos para continuar fazendo sexo depois da lesão, não é a mesma coisa (imagino eu) já que o corpo muda completamente.
Buenas, a saga continua. Depois da lesão ele conheceu uma gatinha e nhac, transou com ela. Tá, a maioria deve estar se perguntando 'mas o pinto do aleijado...'? Funciona. Aleijado faz o que todo mundo faz, só que as vezes de modo um pouco diferente. Bom, o fato é que ele fez sexo com apenas duas gurias até hoje. E, tcham, tcham! Pegou uma DST. Fala serio! Tem tanta gente que dá pra deus e o mundo, tanto cara que passa o salame na galera e não pega nem um hpvzinho básico! chega lá o rapaz, praticamente virgem, e pega uma pereba! Definitivamente, a vida não é justa.
Mas, a saga continua... segundo esse meu brother, a ereção after a lesão é vapt vupt, tem que aproveitar quando o jonny se levanta! e nessa pressa não usou camisinha...
normalemente os rapazes lesados utilizam drogas (como o famoso viagra, ou a desconhecida papaverina) pra manter a ereção pelo tempo desejado, só que ainda não era este o caso dele. Inicialmente, seu pinto mantinha a ereção, depois de um tempo passou a ficar instável e hoje ele utiliza os recursos farmacológicos para desfrutar a vida.
Bom, com cousas estranhas no pinto ele foi num médico que receitou aciclovir pensando ser herpes a pereba. Ele tratou, as coisas estranhas desapareceram e depois voltaram. Chegando em porto, foi na emergencia da puc. Realiza a cena, chega um cadeirante e diz pro médico: 'Doutor, tô com alguma pereba no pênis'. Eu tento imaginar a cara do médico (dos médicos, porque a esta altura já tinha quase uma junta pra avaliar o caso), que certamente (como a grande maioria das pessoas) acha que os lesados medulares não fazem sexo, ainda mais sexo inseguro.
Depois de 'causar' no pronto puc, meu brother voltou pra casa sem diagnóstico e com a recomendação de consultar um centro de dermatologia especializado em dst. Amanhã ele vai lá. Tomara que seja algo light como uma herpes genital ou coisa assim.
Agora, fica o recado, essa história que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, ou aquele papinho (que por sinal eu uso um monte) de que tenho o corpo fechado porque já paguei meus pecados, ou ainda a mentalidade do complexo de super homem que a maioria de nós jovens temos do 'isso não vai acontecer comigo' é fria. Tem que ficar esperto. Sexo só com camisinha.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
By Mami
Post pra cima!
Que cousa bem boa que é o sol, o calor, o verão.
Saí sexta, depois de escrever o post deprê sobre o fofo de Curitiba. Fui na Dublin assistir o show de uma amigona. Simplesmente, do caralho a banda! Bah, eles tocam a noite inteira, só música boa, e as pessoas podem pedir seus hits preferidos que eles se organizam e tocam na hora. Embora o local tenha escadas, fui muito bem tratada. Segurança abrindo a pista, todos funcionários muito gente boa. Recomendio.
Como bebo e fico rica, me acabei no baldinho, fiz várias amizades no banheiro e só fomos embora quando nos varreram do bar.
Nada de ficar choramingando pelos cantos, né? Mami disse esses dias um troço que acho muito verdadeiro: dor é inevitável, sofrimento é escolha.
Eu escolho ser feliz!
Que cousa bem boa que é o sol, o calor, o verão.
Saí sexta, depois de escrever o post deprê sobre o fofo de Curitiba. Fui na Dublin assistir o show de uma amigona. Simplesmente, do caralho a banda! Bah, eles tocam a noite inteira, só música boa, e as pessoas podem pedir seus hits preferidos que eles se organizam e tocam na hora. Embora o local tenha escadas, fui muito bem tratada. Segurança abrindo a pista, todos funcionários muito gente boa. Recomendio.
Como bebo e fico rica, me acabei no baldinho, fiz várias amizades no banheiro e só fomos embora quando nos varreram do bar.
Nada de ficar choramingando pelos cantos, né? Mami disse esses dias um troço que acho muito verdadeiro: dor é inevitável, sofrimento é escolha.
Eu escolho ser feliz!
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
E tudo em uma semana...
Ai, post deprê.
Falei com o fofo dum pé só no sábado passado. Foi bem legal nossa conversa, ele disse coisas bonitinhas tipo: 'deu um aperto no coração quando tu foi embora'. Falei que tava com vontade de aparecer lá em curitiba no findi do dia 12/12. Até perguntei onde eu ia dormir, se a cama dele era grande, essas coisas. Ele disse que ia expulsar o irmão menor do quarto e juntar as camas de solteiro. No final da ligação ainda largou um 'te adoro, to com saudades'. A retardada aqui acreditou.
No domingo, deixei um scraap: 'caralho, saudade'. Nada de resposta. Na sequencia, mais tarde, mandei uma msg pelo cel perguntando: 'tá acordado?'. Nada, de novo.
Segurei a ansiedade até quarta e liguei, afinal, eu queria comprar as passagens aéreas bem baratinhas, então quanto antes fizesse a reserva menor. Quem atendeu o celular dele foi sua mami, tinha esquecido o aparelho em casa. Eu disse que ligaria mais tarde. Liguei, atendeu a mami de novo. Ele ia direto da produtora pro bar comemorar a vitória do Claro Curtas. O infeliz não retornou a ligação.
Quinta, a desesperada aqui ligou de novo. O guri tinha ido na padaria e deixado o celular no trabalho. Falei com um colega e fiquei de ligar em quinze minutos. Longos quinze minutos. Porque será que ser ignorada desperta tanto minha vontade de ser notada?
Me segurei horrores e liguei meia hora depois. Enfim, o fofo atendeu o telefone. Foi distante. Falei que queria saber qualé que era, pra comprar ou não as passagens. Disse que tinha que ter uma posição até amanhã, no caso, hoje. Ele disse que ia ver, coisa e tal.
Hoje, no máximo do desespero, mandei um e-mail:
'Hi man,
Seguinte, tô com vontade de aparecer aí sábado dia 13/12 pela manhã e ficar até domingo 14/12 a noite. Tem vôo bem baratinho pra chegar as nove da matina e partir as dez da noite. Qual o bairro mais perto do aeroporto? Reservo um quarto de hotel ali pertinho.
Tu faz um citytour comigo, mostra a produtora, a gente toma um trago com o 'Amor', essas coisas. Depois dorme juntinho, eu aproveito os coxões do perna i otras cositas más. No dia seguinte aproveito mais os coxões, e na noite deito o cabelo.
Me dá um sinal de fumaça porque quanto antes fizer reserva e comprar passagem, mais baratinho fica. Beijoca. Ju.'
Nada de resposta, de novo. Agora pouco entrei no msn, ele tava on line. Me segurei tudo que deu, mas essa coisa de não responder é tão bizarra que tive que tentar contato novamente. Teclei 'recebeu meu e-mail?'
NADA. NADA DE RESPOSTA!!! Fala sério, isso é falta de educação, né? Caralho, é muito irritante! Que custa responder, na boa, olha não tô na tua. É tão mais simples. Eu tenho uma teoria, o homem que a mulher nunca esquece é aquele que não quer 'se deitar' com ela. Pôxa, não sei o que o guri tá pensando, mas eu só queria uma FG garantida. Agora, sou obrigada a ir pra night, dançar, me divertir, tomar um trago, ocupar a cabeça. Fui!
Falei com o fofo dum pé só no sábado passado. Foi bem legal nossa conversa, ele disse coisas bonitinhas tipo: 'deu um aperto no coração quando tu foi embora'. Falei que tava com vontade de aparecer lá em curitiba no findi do dia 12/12. Até perguntei onde eu ia dormir, se a cama dele era grande, essas coisas. Ele disse que ia expulsar o irmão menor do quarto e juntar as camas de solteiro. No final da ligação ainda largou um 'te adoro, to com saudades'. A retardada aqui acreditou.
No domingo, deixei um scraap: 'caralho, saudade'. Nada de resposta. Na sequencia, mais tarde, mandei uma msg pelo cel perguntando: 'tá acordado?'. Nada, de novo.
Segurei a ansiedade até quarta e liguei, afinal, eu queria comprar as passagens aéreas bem baratinhas, então quanto antes fizesse a reserva menor. Quem atendeu o celular dele foi sua mami, tinha esquecido o aparelho em casa. Eu disse que ligaria mais tarde. Liguei, atendeu a mami de novo. Ele ia direto da produtora pro bar comemorar a vitória do Claro Curtas. O infeliz não retornou a ligação.
Quinta, a desesperada aqui ligou de novo. O guri tinha ido na padaria e deixado o celular no trabalho. Falei com um colega e fiquei de ligar em quinze minutos. Longos quinze minutos. Porque será que ser ignorada desperta tanto minha vontade de ser notada?
Me segurei horrores e liguei meia hora depois. Enfim, o fofo atendeu o telefone. Foi distante. Falei que queria saber qualé que era, pra comprar ou não as passagens. Disse que tinha que ter uma posição até amanhã, no caso, hoje. Ele disse que ia ver, coisa e tal.
Hoje, no máximo do desespero, mandei um e-mail:
'Hi man,
Seguinte, tô com vontade de aparecer aí sábado dia 13/12 pela manhã e ficar até domingo 14/12 a noite. Tem vôo bem baratinho pra chegar as nove da matina e partir as dez da noite. Qual o bairro mais perto do aeroporto? Reservo um quarto de hotel ali pertinho.
Tu faz um citytour comigo, mostra a produtora, a gente toma um trago com o 'Amor', essas coisas. Depois dorme juntinho, eu aproveito os coxões do perna i otras cositas más. No dia seguinte aproveito mais os coxões, e na noite deito o cabelo.
Me dá um sinal de fumaça porque quanto antes fizer reserva e comprar passagem, mais baratinho fica. Beijoca. Ju.'
Nada de resposta, de novo. Agora pouco entrei no msn, ele tava on line. Me segurei tudo que deu, mas essa coisa de não responder é tão bizarra que tive que tentar contato novamente. Teclei 'recebeu meu e-mail?'
NADA. NADA DE RESPOSTA!!! Fala sério, isso é falta de educação, né? Caralho, é muito irritante! Que custa responder, na boa, olha não tô na tua. É tão mais simples. Eu tenho uma teoria, o homem que a mulher nunca esquece é aquele que não quer 'se deitar' com ela. Pôxa, não sei o que o guri tá pensando, mas eu só queria uma FG garantida. Agora, sou obrigada a ir pra night, dançar, me divertir, tomar um trago, ocupar a cabeça. Fui!
domingo, 30 de novembro de 2008
CLARO, CURTindo a vida adoidada.
Bah, que semana ducaralho essa de claro curtas. Foda que nada do que eu escreva aqui vai chegar perto do que foi sentido. Foda. Foda mesmo. Vou por tópicos como boa criatura que tem ascendente em virgem.
- das pessoas: conheci gente mui especial. mui especial mesmo. inicialmente, ninguem gravava o nome de ninguem, então éramos chamados pelos nomes dos nossos curtas. depois da intensa convivencia, apreendi alguns. anotem os dessa gurizada que vai estourar breve: andré saito - diretor, tatá werneck - atriz de humor, perna - a minha pegada (tópico mais abaixo), kraftman - diretor psicow e assim vai.
- da cidade e da mordomia: ficamos no bairro jardins, daqueles que nunca aparecem na tv quando mostram sp. muito verde, nada de pobreza, trânsito tranquilo. motorista (alex - baita parceria) pra lá e pra cá. almoço e janta só em restaurante. uma magavilha. vida de princesa.
- do quarto 114: depois das atividades previstas(super puxada) as pessoas mui especiais se reuniam no apto 114 pra continuar curtindo o mini bbb. tatá werneck comandava a madrugada com dublagens hilárias, colocando o telaclass do hermes e renato no chinelo. o quarto 114 era do 'amor', um curitibano mto louco que cujo filme ficou fora por ultrapassar 2" do tempo previsto.
- dos eventos, workshops e contatos: conheci muita gente, fiz muitos contatos, aprendi pra caralho e tenho certeza que logo estarei colhendo os frutos dessa trip. os cineastas convidados adoraram o filme, e o padilha quer ver meu livro. no final da festa de premiação, ele disse 'o perna ja me mostrou o projeto de longa dele e o teu?'. Mazá, vou mandar a porra do livro pra ele! Vai virar filme, eeee! E a tatá vai me interpretar! (tem que sonhar antes, pra acontecer, né?)
- das cousas que a gente não espera: fui pra esse festival com um único objetivo: fazer contatos profissionais. eis que a vida, essa danada, colocou gente tao especial no meu caminho. fiz amigos. amigos, daqueles que a uma certa altura do campeonato a gente acha que nao encontra mais, sabe? e quando vê, tu tá lá falando dos teus sentimentos mais profundos, ouvindo as mais secretas confidencias, de um ser humano que tu conheceu faz três dias. é química.
- das cousas que a gente não espera - parte 2: me apaixonei. me apaixonei e fazia tempo que isso não acontecia. o guri é um fofo, não tem um pé e ganhou o primeiro lugar na porra do festival. mora em curitiba e trabalha numa produtora. sei lá se a gente vai se ver de novo, ou o quê vai acontecer. foi foda pra caralho. é química, de novo.
a galera foi a loucura na festa de premiação. combinamos que se nós dois ganhássemos dariamos um beijão la na frente no palco. eita, e não é que rolou o combinado?! e cameras e flashs e tudo que tá no meu coração ta registrado por ai.
levamos o prêmio do juri popular e menção honrosa pelo melhor argumento.
tô feliz demais. foi tudo perfeito.
momento de reflexão básico: pena que termina. e a gente sente que ninguem queria que terminasse. é como um livro bom, que tu não quer ler as ultimas palavras e fechar as paginas. como a vida, QUE MERDA, finita.
- das pessoas: conheci gente mui especial. mui especial mesmo. inicialmente, ninguem gravava o nome de ninguem, então éramos chamados pelos nomes dos nossos curtas. depois da intensa convivencia, apreendi alguns. anotem os dessa gurizada que vai estourar breve: andré saito - diretor, tatá werneck - atriz de humor, perna - a minha pegada (tópico mais abaixo), kraftman - diretor psicow e assim vai.
- da cidade e da mordomia: ficamos no bairro jardins, daqueles que nunca aparecem na tv quando mostram sp. muito verde, nada de pobreza, trânsito tranquilo. motorista (alex - baita parceria) pra lá e pra cá. almoço e janta só em restaurante. uma magavilha. vida de princesa.
- do quarto 114: depois das atividades previstas(super puxada) as pessoas mui especiais se reuniam no apto 114 pra continuar curtindo o mini bbb. tatá werneck comandava a madrugada com dublagens hilárias, colocando o telaclass do hermes e renato no chinelo. o quarto 114 era do 'amor', um curitibano mto louco que cujo filme ficou fora por ultrapassar 2" do tempo previsto.
- dos eventos, workshops e contatos: conheci muita gente, fiz muitos contatos, aprendi pra caralho e tenho certeza que logo estarei colhendo os frutos dessa trip. os cineastas convidados adoraram o filme, e o padilha quer ver meu livro. no final da festa de premiação, ele disse 'o perna ja me mostrou o projeto de longa dele e o teu?'. Mazá, vou mandar a porra do livro pra ele! Vai virar filme, eeee! E a tatá vai me interpretar! (tem que sonhar antes, pra acontecer, né?)
- das cousas que a gente não espera: fui pra esse festival com um único objetivo: fazer contatos profissionais. eis que a vida, essa danada, colocou gente tao especial no meu caminho. fiz amigos. amigos, daqueles que a uma certa altura do campeonato a gente acha que nao encontra mais, sabe? e quando vê, tu tá lá falando dos teus sentimentos mais profundos, ouvindo as mais secretas confidencias, de um ser humano que tu conheceu faz três dias. é química.
- das cousas que a gente não espera - parte 2: me apaixonei. me apaixonei e fazia tempo que isso não acontecia. o guri é um fofo, não tem um pé e ganhou o primeiro lugar na porra do festival. mora em curitiba e trabalha numa produtora. sei lá se a gente vai se ver de novo, ou o quê vai acontecer. foi foda pra caralho. é química, de novo.
a galera foi a loucura na festa de premiação. combinamos que se nós dois ganhássemos dariamos um beijão la na frente no palco. eita, e não é que rolou o combinado?! e cameras e flashs e tudo que tá no meu coração ta registrado por ai.
levamos o prêmio do juri popular e menção honrosa pelo melhor argumento.
tô feliz demais. foi tudo perfeito.
momento de reflexão básico: pena que termina. e a gente sente que ninguem queria que terminasse. é como um livro bom, que tu não quer ler as ultimas palavras e fechar as paginas. como a vida, QUE MERDA, finita.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
Passamos pra próxima fase do Claro Curtas!!!! Os vinte vídeos selecionados estão no site www.clarocurtas.com.br!!! Agora é mandar spam pra deus e o mundo porque dá pra votar no site o melhhor curta, e a escolha do público também leva prêmio!!!!
Vou pra sumpaulo, ôe!!!!!
JU MUITO FELIZ! VALEU JESUS! VITÓRIA CERTA!!!!
Vou pra sumpaulo, ôe!!!!!
JU MUITO FELIZ! VALEU JESUS! VITÓRIA CERTA!!!!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Da espera e da ansiedade
Ai, ando muito ansiosa. São tantos planos, tantas coisas que tem tudo pra dar certo, mas que ainda não estão concretas, que volta e meia fico sem ar. Sempre que fico na expectativa tenho dificuldade de respirar... Vai entender.
Essa noite enquanto estava esticada na cama, antes de nanar, fiquei pensando na vida. E, óbvio, em tudo que está para acontecer (claro curtas, livro, etc.). Fiquei viajando nos 'se'. 'Se' o vídeo ficar entre os vinte. 'Se' ficar entre os três. 'Se' o livro for publicado e 'se' ele vender bem, e 'se' virar filme. Sonhando mesmo. Fazendo os planos baseados no 'se'. Eu acredito mesmo que tudo isso pode acontecer. Que tudo pode dar muito certo.
Ao mesmo tempo, a experiência me diz 'relaxa, guria', porque sabe como é a vida. De uma hora pra outra, tudo pode mudar. Mas, também não dá pra viver sem fazer planos. Eu pelo menos não consigo. O negócio é pensamento positivo e esperar pra ver o que acontece.
Essa noite enquanto estava esticada na cama, antes de nanar, fiquei pensando na vida. E, óbvio, em tudo que está para acontecer (claro curtas, livro, etc.). Fiquei viajando nos 'se'. 'Se' o vídeo ficar entre os vinte. 'Se' ficar entre os três. 'Se' o livro for publicado e 'se' ele vender bem, e 'se' virar filme. Sonhando mesmo. Fazendo os planos baseados no 'se'. Eu acredito mesmo que tudo isso pode acontecer. Que tudo pode dar muito certo.
Ao mesmo tempo, a experiência me diz 'relaxa, guria', porque sabe como é a vida. De uma hora pra outra, tudo pode mudar. Mas, também não dá pra viver sem fazer planos. Eu pelo menos não consigo. O negócio é pensamento positivo e esperar pra ver o que acontece.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
mazá!
Sabe a promoção Claro Curtas?
Eu e mais quatro campeões aqui do trampo (camila, tula, harods e tiagão) mandamos um vídeo chamado 'o que os olhos não vêem, as pernas não sentem' (idéia de quem? hein? hã?)
E que massa, recebi um e-mail ontem informando que passamos para próxima fase! eeee! se ficarmos entre os 20 melhores, o curta será exibido no site da claro e como a inscrição foi feita no meu nome, irei pra sampa participar de um workshop com vários cineastas!
agora é torcer e aguardar!
e mais coisa boa: o galera leu 'o livro' e me mandou um e-mail muito legal. sério. chorei quando li. acho que estava ansiosa aguardando a opinião dele. quando li e vi que a crítica foi positiva me emocionei. aqui vai um trechinho que me deixou muito feliz:
'Achei um relato muito envolvente, bonito, com dosagem perfeita entre tragédia, humor e esperança. Sério mesmo. Eu te conheço pouco, mas o bastante pra perceber que tua personalidade está toda no livro, principalmente o humor, que é muito
especial e dá um estilo único para o livro.'
E mais este, que fez escorrer mais lagriminhas:
'Gostei de ler teu livro, e ele será importante para muitos leitores assim como foi pra ti, tenho certeza. Apesar de tu não negar nem esconder que houve momentos muito duros, de pensar em desistir, de não querer viver, o que fica da tua história é o
predomínio da vontade de superar, de se manter feliz e de seguir encarando a vida com toda a espontaneidade e bom humor possíveis. Parabéns.'
Vitória certa, manão!
Eu e mais quatro campeões aqui do trampo (camila, tula, harods e tiagão) mandamos um vídeo chamado 'o que os olhos não vêem, as pernas não sentem' (idéia de quem? hein? hã?)
E que massa, recebi um e-mail ontem informando que passamos para próxima fase! eeee! se ficarmos entre os 20 melhores, o curta será exibido no site da claro e como a inscrição foi feita no meu nome, irei pra sampa participar de um workshop com vários cineastas!
agora é torcer e aguardar!
e mais coisa boa: o galera leu 'o livro' e me mandou um e-mail muito legal. sério. chorei quando li. acho que estava ansiosa aguardando a opinião dele. quando li e vi que a crítica foi positiva me emocionei. aqui vai um trechinho que me deixou muito feliz:
'Achei um relato muito envolvente, bonito, com dosagem perfeita entre tragédia, humor e esperança. Sério mesmo. Eu te conheço pouco, mas o bastante pra perceber que tua personalidade está toda no livro, principalmente o humor, que é muito
especial e dá um estilo único para o livro.'
E mais este, que fez escorrer mais lagriminhas:
'Gostei de ler teu livro, e ele será importante para muitos leitores assim como foi pra ti, tenho certeza. Apesar de tu não negar nem esconder que houve momentos muito duros, de pensar em desistir, de não querer viver, o que fica da tua história é o
predomínio da vontade de superar, de se manter feliz e de seguir encarando a vida com toda a espontaneidade e bom humor possíveis. Parabéns.'
Vitória certa, manão!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
...
Confesso que não estou com muita vontade de escrever, mas sei que é preciso.
Ontem fui visitar a sogra do meu mano no hospital. Cheguei na recepção do Mãe de Deus e perguntei onde ficava o banheiro adaptado. A atendente pensou um pouco e chegou a conclusão que não havia nenhum. Simplesmente, não há banheiro adaptado no Mãe de Deus. A moça, gentilmente interditou o banheiro comum para que eu pudesse me sondar na área onde ficam as pias. Já era quase nove horas da noite quando baixei as calças e comecei o chato processo: sonda, xilocaína, etc. Enquanto a urina era drenada eu pensava no absurdo que é não ter o direito de fazer as necessidades fisiológicas com dignidade.
Sai do banheiro e preenchi um formulário que o hospital oferece para saber a opinião dos usuários. Pus no papel a minha indignação e solicitei a gentileza de se fazer cumprida a lei federal 10.098/00, também conhecida com lei da acessibilidade.
Hoje, sai do trabalho pelo prédio anexo. Atravessei a Duque, peguei o C1, com certa dificuldade porque a rampa de acesso ao ônibus é pra alpinista. Fui sacolejando até a santa casa, desembarquei novamente pela rampa de alpinista. Atravessei a Independência (ou ainda é annes dias?), e desci no desespero o lombão que leva até a parada do T9. É foda pra caralho aquela lomba. Totalmente inviável ir pela calçada esburacada, sou obrigada a ir pelo meio da rua mesmo. Acontece que não dá pra ir bem pelo cantinho, onde seria teoricamente mais seguro, porque há um caimento bizarro que poderia facilmente me emborcar pro lado. Desço disputando espaço com os carros com a fé que sou Juliana Papaels e nada vai me acontecer.
Uma curva de asfalto esburacada, começa a peleia pra subir a lombinha até o T9. O adaptado não passa toda hora... vejo um estacionado. Tenho que correr para pegá-lo ou aguardar um bom bocado pelo próximpo. Lá vai a aleijada de novo no desespero subindo lomba atrás do bus. Acho um rapaz com aparência simpática e peço ajuda. 'Pelamor, pede pro motora lá me esperar'. O gentil cidadão pede pra segurar o bus e volta pra me ajudar a subir o resto da ladeira.
Lá vou eu sacolejando até a Goethe. Desco em frente ao Habib´s por uma bizarra plataforma adaptada no busão. O motorista que a opera confessa que é a primeira vez que está manuseando o equipamento. Que maravilha, a empresa não preparou o funcionário. Juliana Papaels sobrevive a mais esta.
Falta pouco pra chegar na fisioterapia. Vou tocando a cadeira pela calçada decadente. Passa um rapaz de bike acompanhado de seu pit bull americano sem coleira ou focinheira. A cabeça do animal é do tamanho de uma bola de basquete.
Estou indo a passito (ou rodita) quando o cara pára a bike e fica me olhando. Ele percebe a 'dificulidade' que estou passando e oferece ajuda. Eu aceito, ainda mais porque logo adiante tem o trecho mais 'missão impossível' do trajeto. A calçada quase fica na vertical de tão inclinada. O rapaz me auxilia enquanto o seu cãozarrão nos acompanha. Sou Juliana Papaels e nada vai me acontecer. Rezo para que o cão não se irrite. E caso resolva me morder, que seja na canela.
Passado o momento hardcore, vamos conversando. o cara recém voltou dos states. Pergunto como são as ruas por lá. 'Primeiro mundo', ele diz. O cãozarrão sai correndo atrás de outro cão. O cara vira pro lado pra chamá-lo. Minha rodinha da frente tranca num buraquinho da calçada decadente (isso pode ser interpretado como um tropeção). A cadeira trava, e sou projetada pra frente por culpa da maldita inércia. Caio em slow motion, uuuuaaaah, ponho as mãos pra frente. Ajoelho, fico de quatro, prece maometana, chão.
O cara volta o rosto e quase tem um enfarte. junta um bolo a minha volta. Dentro das possibilidades, peço calma a todos e explico como em ajudar a voltar para cadeira. Um pega embaixo dos braços, outro nos joelhos. Um, dois, três. Ju Papaels, não se machucou e sobrevive a mais uma!
Escutei uma frase da boca de uma mulher cega, na conferencia estadual sobre os direitos das pessoas com deficiencia, que fica martelando na minha cabeça. É incrível o quanto o que essa mulher disse se mostra no meu dia a dia desde que botei a cara na rua. O PROBLEMA NÃO É A LIMITAÇÃO FÍSICA E SIM AS BARREIRAS QUE A SOCIEDADE NOS IMPÕE. Acessibilidade já. Dignidade agora.
Ontem fui visitar a sogra do meu mano no hospital. Cheguei na recepção do Mãe de Deus e perguntei onde ficava o banheiro adaptado. A atendente pensou um pouco e chegou a conclusão que não havia nenhum. Simplesmente, não há banheiro adaptado no Mãe de Deus. A moça, gentilmente interditou o banheiro comum para que eu pudesse me sondar na área onde ficam as pias. Já era quase nove horas da noite quando baixei as calças e comecei o chato processo: sonda, xilocaína, etc. Enquanto a urina era drenada eu pensava no absurdo que é não ter o direito de fazer as necessidades fisiológicas com dignidade.
Sai do banheiro e preenchi um formulário que o hospital oferece para saber a opinião dos usuários. Pus no papel a minha indignação e solicitei a gentileza de se fazer cumprida a lei federal 10.098/00, também conhecida com lei da acessibilidade.
Hoje, sai do trabalho pelo prédio anexo. Atravessei a Duque, peguei o C1, com certa dificuldade porque a rampa de acesso ao ônibus é pra alpinista. Fui sacolejando até a santa casa, desembarquei novamente pela rampa de alpinista. Atravessei a Independência (ou ainda é annes dias?), e desci no desespero o lombão que leva até a parada do T9. É foda pra caralho aquela lomba. Totalmente inviável ir pela calçada esburacada, sou obrigada a ir pelo meio da rua mesmo. Acontece que não dá pra ir bem pelo cantinho, onde seria teoricamente mais seguro, porque há um caimento bizarro que poderia facilmente me emborcar pro lado. Desço disputando espaço com os carros com a fé que sou Juliana Papaels e nada vai me acontecer.
Uma curva de asfalto esburacada, começa a peleia pra subir a lombinha até o T9. O adaptado não passa toda hora... vejo um estacionado. Tenho que correr para pegá-lo ou aguardar um bom bocado pelo próximpo. Lá vai a aleijada de novo no desespero subindo lomba atrás do bus. Acho um rapaz com aparência simpática e peço ajuda. 'Pelamor, pede pro motora lá me esperar'. O gentil cidadão pede pra segurar o bus e volta pra me ajudar a subir o resto da ladeira.
Lá vou eu sacolejando até a Goethe. Desco em frente ao Habib´s por uma bizarra plataforma adaptada no busão. O motorista que a opera confessa que é a primeira vez que está manuseando o equipamento. Que maravilha, a empresa não preparou o funcionário. Juliana Papaels sobrevive a mais esta.
Falta pouco pra chegar na fisioterapia. Vou tocando a cadeira pela calçada decadente. Passa um rapaz de bike acompanhado de seu pit bull americano sem coleira ou focinheira. A cabeça do animal é do tamanho de uma bola de basquete.
Estou indo a passito (ou rodita) quando o cara pára a bike e fica me olhando. Ele percebe a 'dificulidade' que estou passando e oferece ajuda. Eu aceito, ainda mais porque logo adiante tem o trecho mais 'missão impossível' do trajeto. A calçada quase fica na vertical de tão inclinada. O rapaz me auxilia enquanto o seu cãozarrão nos acompanha. Sou Juliana Papaels e nada vai me acontecer. Rezo para que o cão não se irrite. E caso resolva me morder, que seja na canela.
Passado o momento hardcore, vamos conversando. o cara recém voltou dos states. Pergunto como são as ruas por lá. 'Primeiro mundo', ele diz. O cãozarrão sai correndo atrás de outro cão. O cara vira pro lado pra chamá-lo. Minha rodinha da frente tranca num buraquinho da calçada decadente (isso pode ser interpretado como um tropeção). A cadeira trava, e sou projetada pra frente por culpa da maldita inércia. Caio em slow motion, uuuuaaaah, ponho as mãos pra frente. Ajoelho, fico de quatro, prece maometana, chão.
O cara volta o rosto e quase tem um enfarte. junta um bolo a minha volta. Dentro das possibilidades, peço calma a todos e explico como em ajudar a voltar para cadeira. Um pega embaixo dos braços, outro nos joelhos. Um, dois, três. Ju Papaels, não se machucou e sobrevive a mais uma!
Escutei uma frase da boca de uma mulher cega, na conferencia estadual sobre os direitos das pessoas com deficiencia, que fica martelando na minha cabeça. É incrível o quanto o que essa mulher disse se mostra no meu dia a dia desde que botei a cara na rua. O PROBLEMA NÃO É A LIMITAÇÃO FÍSICA E SIM AS BARREIRAS QUE A SOCIEDADE NOS IMPÕE. Acessibilidade já. Dignidade agora.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
O contrato
Embora a reflexão merecesse muito tempo, minhas pernas estão abrindo o que significa que tenho que fazer xixi. Então, serei breve. Mas, antes clica aqui (com o botão da direita e abre em uma nova janela) porque a reflexão merece trilha sonora.
Sexta feira a sogra do meu irmão teve um AVC. Os médicos não sabiam se ela sobreviveria a cirurgia. Graças a deus, ela resistiu, mas ainda está em estado grave na UTI. Meu irmão e minha cunhada despencaram da Nova Zelândia pro Brasil. Cheragam ontem no país.
Porque a vida faz dessas com a gente? Ele recém conseguiu validar o diploma lá, está começando a construção de uma carreira, sei, de muito sucesso. Ela tinha chegado em Auckland fazia pouco, começado a trabalhar há uma semana. Daí vem a senhora vida, estilo bola de boliche fazer strike nos pinos alheios. E deu, sem avisar de onde vem. Ela desmancha tudo. Ou deixa em suspensão.
Ele volta pra NZ domingo, e ela fica no Brasil até a Dona Maria se recuperar. E a minha cunhada amada do coração fica duplamente triste, porque a mãe está numa situação delicada, sujeita a ficar com sequelas e por ficar longe do amor da sua vida não se sabe por quanto tempo ainda.
Na boa, provavelmente antes de nascer, ou sei lá, quando começa a vida... Mas, antes de começar a viver a gente assina um contratinho com o universo. Nas clausulas diz que tu vai experimentar as sensações mais incríveis, os prazeres mais indescritíveis, vai achar que o tempo é curto pra fazer tudo, vai amar, sorrir, ser feliz, vai desejar viver 100 anos.
Só que também faz parte do acordo, e tá lá em letrinhas miúdas, que pra ter acesso a todos esses benefícios existem condicionantes: experimentar as piores dores, perder o chão quando menos se espera, sentir o buraco que abre no peito mediante a impotencia, desejar não existir tamanha dor que te consome.
Tá tudo lá, no contrato desse grande e imprevisível negócio chamado vida.
Sexta feira a sogra do meu irmão teve um AVC. Os médicos não sabiam se ela sobreviveria a cirurgia. Graças a deus, ela resistiu, mas ainda está em estado grave na UTI. Meu irmão e minha cunhada despencaram da Nova Zelândia pro Brasil. Cheragam ontem no país.
Porque a vida faz dessas com a gente? Ele recém conseguiu validar o diploma lá, está começando a construção de uma carreira, sei, de muito sucesso. Ela tinha chegado em Auckland fazia pouco, começado a trabalhar há uma semana. Daí vem a senhora vida, estilo bola de boliche fazer strike nos pinos alheios. E deu, sem avisar de onde vem. Ela desmancha tudo. Ou deixa em suspensão.
Ele volta pra NZ domingo, e ela fica no Brasil até a Dona Maria se recuperar. E a minha cunhada amada do coração fica duplamente triste, porque a mãe está numa situação delicada, sujeita a ficar com sequelas e por ficar longe do amor da sua vida não se sabe por quanto tempo ainda.
Na boa, provavelmente antes de nascer, ou sei lá, quando começa a vida... Mas, antes de começar a viver a gente assina um contratinho com o universo. Nas clausulas diz que tu vai experimentar as sensações mais incríveis, os prazeres mais indescritíveis, vai achar que o tempo é curto pra fazer tudo, vai amar, sorrir, ser feliz, vai desejar viver 100 anos.
Só que também faz parte do acordo, e tá lá em letrinhas miúdas, que pra ter acesso a todos esses benefícios existem condicionantes: experimentar as piores dores, perder o chão quando menos se espera, sentir o buraco que abre no peito mediante a impotencia, desejar não existir tamanha dor que te consome.
Tá tudo lá, no contrato desse grande e imprevisível negócio chamado vida.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
A versão cadeirante do 'pleasure man'
Isso é o que dá um bando de aleijado sem nada pra fazer num feriado de quinta-feira.
Primeiro assista o original. Depois, a versão 'quebradinha' abaixo.
Primeiro assista o original. Depois, a versão 'quebradinha' abaixo.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
um passo depois do outro
minha tia Maira me ajudou a achar uma pessoa que fará a primeira revisão do livro. fiz a minha parte: mandei um e-melho pro daniel galera pra ver se ele topa fazer o prefácio e me ajuda a achar alguém (uma editora) que publique minhas bagaceirices. Também mandei um scraap pra uma prima minha de sampa cujo irmão conhece o marcelo rubens paiva. eu sonho alto! assim que conseguir o contato dele, vou fazer uma proposta indecente: (não é nada de 'na minha cadeira ou na tua', bobinhos) quero que ele escreva 'a oreia do livro'.
uh, agora é acender a velinha e torcer para tudo dar certo!
uh, agora é acender a velinha e torcer para tudo dar certo!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
O que os olhos não vêem as pernas não sentem
Não sei se já disse aqui que tem uma estagiária que é cega trabalhando comigo. Buenas, acho que já faz uns dois ou três meses que conto com a colaboraçã da Camila. Ela tem catarata congênita, e nunca enxergou. Tá sendo uma experiêcia interessante conviver com uma cega.
A Camila tá me ajudando praticamente em todo processo de produção do 'pograma'. Assim como eu estou tendo esta oportunidade quero que ela também tenha. Sei que está acontecendo um grande movimento de inclusão das pessoas com deficiência. Mas como este processo ainda está engatinhando, em que outro lugar a Camila teria oportunidade de apresentar um programa de tv? No Brasil ela é a única. Cadeirante também é incomum, mas não é tão raro.
Bom, mas o fato é que estamos apresentando juntas a porra do programa. E como Deus é pai, não é padrasto, a gente tá fazendo a produçã do belote e da maquilage num salão perto da assembléia. A gente normalmente vai e volta de taxi.
Semana passada, depois de me dar conta que já faz um booom tempo que to gastando por mes mais do que eu ganho, decidi que é hora de 'fechar gargalos'. ´No meu caso, um dos maiores é o custo com transporte. Lá foi a aleijada guiando/e sendo empurrada pela cega. Momento impagável. O que os olhos não vêem as pernas não sentem.
E ainda com o espírito de economizar para organizar as finanças decidi que vou fazer todos os translados possíveis de bus. Já estou indo todos os dias pela madrugada para a assembléia. pela madrugada mesmo, porque os bus adaptados não passam em todos os horários entao acabo chegando com a vivi sempre uma hora antes do expediente.
É engraçado, né? A maioria dos desafios só são superados quando há necessidade. Por enquando vou pelas calçadas sempre acompanhada pela minha maninha, mas a intenção é ter autonomia e sair pra rua sozinha mesmo. Essa grana que vou economizar pegando o busão vai virar meu carrito mais adiante! Vamo que vamo!
A Camila tá me ajudando praticamente em todo processo de produção do 'pograma'. Assim como eu estou tendo esta oportunidade quero que ela também tenha. Sei que está acontecendo um grande movimento de inclusão das pessoas com deficiência. Mas como este processo ainda está engatinhando, em que outro lugar a Camila teria oportunidade de apresentar um programa de tv? No Brasil ela é a única. Cadeirante também é incomum, mas não é tão raro.
Bom, mas o fato é que estamos apresentando juntas a porra do programa. E como Deus é pai, não é padrasto, a gente tá fazendo a produçã do belote e da maquilage num salão perto da assembléia. A gente normalmente vai e volta de taxi.
Semana passada, depois de me dar conta que já faz um booom tempo que to gastando por mes mais do que eu ganho, decidi que é hora de 'fechar gargalos'. ´No meu caso, um dos maiores é o custo com transporte. Lá foi a aleijada guiando/e sendo empurrada pela cega. Momento impagável. O que os olhos não vêem as pernas não sentem.
E ainda com o espírito de economizar para organizar as finanças decidi que vou fazer todos os translados possíveis de bus. Já estou indo todos os dias pela madrugada para a assembléia. pela madrugada mesmo, porque os bus adaptados não passam em todos os horários entao acabo chegando com a vivi sempre uma hora antes do expediente.
É engraçado, né? A maioria dos desafios só são superados quando há necessidade. Por enquando vou pelas calçadas sempre acompanhada pela minha maninha, mas a intenção é ter autonomia e sair pra rua sozinha mesmo. Essa grana que vou economizar pegando o busão vai virar meu carrito mais adiante! Vamo que vamo!
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Tudo dando certo!
Bah, tô super feliz. As cousas estão fluindo, tudo dando muuuito certo. Olha só que massa, a Caneca (parceiríssima) me falou de um blog muito legal dum cara que também é cadeirante e é chefe de reportagem da Agencia da Folha de S.P. Escrevi pra ele contando do 'pograma' e tchãn tchãn: ele publicou no blog! Êêêê!!! Os aleijados (ou a matrix, como ele chama) vão dominar o mundo! Confere aqui.
E tem mais coisa dando certo... uma colega de trabalho conseguiu pra mim um salão bem bacana que fica pertinho da assembléia. Faremos permuta! Êêê! Eles fazem meu belote e maquilage e em troca colocamos o nome do salão no roll do pograma! Entonces, do de vizú novo graças as habilidosas mãos do Airton da Cia do Cabelo, na Duque quase esquina com a João Pessoa. Depois ponho uma fotenha nossa aqui.
Mais coisa dando certo, parte três, mandei 'o livro' pra uma tia minha muito querida que escreve ler. Ela leu e gostou. Me ligou hoje pela manhã, e vai conversar com o Charles Kiefer pra ele me ajudar a finalizar 'a obra'. Vai sair este ano essa porra de livro!!! Êêê!!!
Tô cansadinha, mas muito feliz! Valeu Jesus (leia-se djijus)
E tem mais coisa dando certo... uma colega de trabalho conseguiu pra mim um salão bem bacana que fica pertinho da assembléia. Faremos permuta! Êêê! Eles fazem meu belote e maquilage e em troca colocamos o nome do salão no roll do pograma! Entonces, do de vizú novo graças as habilidosas mãos do Airton da Cia do Cabelo, na Duque quase esquina com a João Pessoa. Depois ponho uma fotenha nossa aqui.
Mais coisa dando certo, parte três, mandei 'o livro' pra uma tia minha muito querida que escreve ler. Ela leu e gostou. Me ligou hoje pela manhã, e vai conversar com o Charles Kiefer pra ele me ajudar a finalizar 'a obra'. Vai sair este ano essa porra de livro!!! Êêê!!!
Tô cansadinha, mas muito feliz! Valeu Jesus (leia-se djijus)
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Ai, ai...
Ando (no sentido figurando, óbvio) sem tempo de escrever por aqui. Trabalhando que nem bixo. Produz, liga a câmera, bate a claquete, apresenta, edita... hehehe. E faz release, manda pra deus e o mundo (veja, época, folha de sp) pra sair no jornal do bairro notícia sobre o programa.
É dura a vida do aleijado!
No mais, saiu minha promoçã (eeeeeeeeee)! Mas tô to-tal-men-te quebrada! Fudida mesmo. Espero conseguir regularizar esta situaçã até o final do ano. Pra então começar a juntar grana pra ter um carro! Bah, vai ser demais. Quer ir sei lá onde? Vai! Quer ir pra puta-que-pariu? Vai! Quer catar coquinho na esquina? Vai! Vai ser muuuuito bom.
Quanto aos dramas familiares: mami vai bem; meu manão não tem dado lá muitas notícias... ficou de ligar amanhã. Pegarei uma ficha pra falar com ele (veja bem, amanhã tem almoço de niver da minha mana mais velha, estaremos todas reunidas, mais vovó, vovô...), quem sabe se tiver fila preferencial pra deficientes...
vivi vai bem, maricota serelepe (a aniversariante) também. Quem não tenho visto muito é a lupiroca. Tá sempre no apê do marmico, e agora vem uma barra meio bem foda pela frente. Papi não tem pagado a pensão e luli conseguiu uma consulta com a defensoria pública, foda né, receber de dia dos pais uma intimação: 'paga pensão ou vai pro xadrez'. Bem que algumas coisas poderiam ser mais simples. O véio podia ser mais organizado e responsável. Força na peruca! Cor nesse batom! E vamos em frente.
É dura a vida do aleijado!
No mais, saiu minha promoçã (eeeeeeeeee)! Mas tô to-tal-men-te quebrada! Fudida mesmo. Espero conseguir regularizar esta situaçã até o final do ano. Pra então começar a juntar grana pra ter um carro! Bah, vai ser demais. Quer ir sei lá onde? Vai! Quer ir pra puta-que-pariu? Vai! Quer catar coquinho na esquina? Vai! Vai ser muuuuito bom.
Quanto aos dramas familiares: mami vai bem; meu manão não tem dado lá muitas notícias... ficou de ligar amanhã. Pegarei uma ficha pra falar com ele (veja bem, amanhã tem almoço de niver da minha mana mais velha, estaremos todas reunidas, mais vovó, vovô...), quem sabe se tiver fila preferencial pra deficientes...
vivi vai bem, maricota serelepe (a aniversariante) também. Quem não tenho visto muito é a lupiroca. Tá sempre no apê do marmico, e agora vem uma barra meio bem foda pela frente. Papi não tem pagado a pensão e luli conseguiu uma consulta com a defensoria pública, foda né, receber de dia dos pais uma intimação: 'paga pensão ou vai pro xadrez'. Bem que algumas coisas poderiam ser mais simples. O véio podia ser mais organizado e responsável. Força na peruca! Cor nesse batom! E vamos em frente.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Mazáaaaaa
o trabalho tá aparecendo! agora só falta a grana dar as caras!!!
confere ae no blog da rosane de oliveira.
confere ae no blog da rosane de oliveira.
domingo, 25 de maio de 2008
Pequenos absurdos
Buenas, o programa estreiou neste domingo. Sexta me ligaram da zero hora pra fazer algumas perguntinhas e pelo visto saiu uma nota sobre a pessoa que vos escreve na edição de sábado. Massa!
Essa postagem deveria ter sido escrita no sábado, as idéias 'meio que' já fugiram da cabeça (pq sexta fui numa festinha muito massa na casa do meu amigão toninho, e acabei beeem sequelada, ou seja, hibernei ontem e só consegui juntar forças pra sair da cama hoje, lá pelas duas e meia da tarde). Mas, vamos tentar contar os acontecimentos que dão nome a esta postagem.
pequenos absurdos parte 1
To fazendo um curso de locução na feplam, toda quarta, por quatro meses. As aulas ocorrem no segundo andar. O edifício não tem elevador e muito menos banheiro adaptado. Eu saio do trabalho as 15h30, vou pro regimento osório onde faço equoterapia, de lá vou direto pra feplam. A pessoa tem que no mínimo lavar as mãos depois de montar cavalo, né? Eu sei que é ridiculo o que vou contar agora, mas, é fato. Chego na feplam, tio raul, o motora, me ajuda a subir os três degraus que dão pro hall do lugar.
Chego pra dona betty, que trabalha no local, pra ela me conseguir 'aquela baciazinha' com água e sabão. Dona betty super disponível traz a bacia, papel toalha e um tubo de detergente.
Depois de fazer a higiene é hora de encarar dois lances de escada. Cata um pra ajudar dali, outro daqui, mais um, e a equipe tá montada. Meus colegas assim como a dona betty, são super prestativos, e eles me levam escadaria acima. No caminho, sempre solto uma piadinha tipo, 'vamos lá galera, faltam só mais tres meses de curso'.
Chegando lá, no segundo andar, é hora de dar uma mijada visto que a aula vai até as dez e o ultimo xixi que eu fiz foi na assembleia perto das tres e meia. Dona betty entre em cena mais uma vez. Ela gentilmente abre a porta de uma sala de aula que não está sendo utilizada. A sala fica ao lado da sala onde teremos aula. Ela deixa um tubo de alcool que solicitei pra higienizar as mãos.
Entro na sala, faço o xixi de aleijado com sonda, etc. A aula já começou quando estou saindo. E o esquema é que todos os alunos devem gravar uma locuçao noticiosa, o que gera uma fila em frente ao estudio, que fica praticamente de frente a sala-banheiro. Respiro fundo, abro a porta e saio no meio da fila. Óbvio que os colegas perguntam o que eu estava fazendo ali. Cansada de tantos pequenos absurdos eu falo a verdade: tava mijando. xixi de aleijado é diferente.
ninguem comenta mais nada.
é muito bom ter pessoas prestativas por perto, mas, sejamos honestos, melhor ainda seria eu poder com minhas proprias rodas entrar num banheiro, fazer um xixi tranquila, lavar as mãos numa pia, usar um elevador...
pequenos absurdos parte 2
saio da aula de locução com a ajuda da super equipe que me desce escada abaixo. tio raul vai se atrasar meia hora pra me buscar. descido ir de taxi pro niver de uma amiga. os colegas parceiros não me deixam ir de taxi e me largam no boteco que fica na lopo gonçalves. chego lá, revejo vários colegas da facul. Minha mana mais velha deve estar chegando em porto com minha sobrinha muito em breve. Ligo pra casa e confirmo que elas já chegaram. Hora de ir pra casa apertar as duas. dou tchau pra todos, minha aminha aniversariante chama um taxi. pago a consumaçã e vou pra rua. tempos depois chega o taxi. com auxilio dum guri de cartola que trabalha no bar desco o cordao da calcada. estaciono, entro no taxi. minha amiga e o cara da cartola desmontam a cadeira. põem as rodas no porta malas e quando o cara da cartola vai por a cadeira no banco de tras o taxista diz que nao vai me levar pq a cadeira vai estragar o banco do carro. O FILHA DA PUTA NAO VAI ME LEVAR PQ A CADEIRA VAI ESTRAGAR O BANCO DO CARRO!!! minha amiga liga de volta pro tele-taxi pra dizer o que esta acontecendo enquanto o cara da cartola explica pro txista que a porra da cadeira nao vai estragar a porra do banco do carro. os animos começam a se alterar. o guri da cartola tá quase dando no taxista. bafão em frente ao bareco! para tudo! peço pro guri nao bater nele, solicito que montem minha cadeira que vou descer do carro. calmamente digo pro filho da puta do taxista me dar seu nome e placa pq vou processa-lo. tem que doer no bolso pra algumas pessoas aprenderem.
o triste é que não será a primeira vez nem a última que uma pessoa (pessoa não, um imbecil) vai dar mais importancia pro banco dum carro do que pra uma pessoa (agora sim, pessoa mesmo).
Essa postagem deveria ter sido escrita no sábado, as idéias 'meio que' já fugiram da cabeça (pq sexta fui numa festinha muito massa na casa do meu amigão toninho, e acabei beeem sequelada, ou seja, hibernei ontem e só consegui juntar forças pra sair da cama hoje, lá pelas duas e meia da tarde). Mas, vamos tentar contar os acontecimentos que dão nome a esta postagem.
pequenos absurdos parte 1
To fazendo um curso de locução na feplam, toda quarta, por quatro meses. As aulas ocorrem no segundo andar. O edifício não tem elevador e muito menos banheiro adaptado. Eu saio do trabalho as 15h30, vou pro regimento osório onde faço equoterapia, de lá vou direto pra feplam. A pessoa tem que no mínimo lavar as mãos depois de montar cavalo, né? Eu sei que é ridiculo o que vou contar agora, mas, é fato. Chego na feplam, tio raul, o motora, me ajuda a subir os três degraus que dão pro hall do lugar.
Chego pra dona betty, que trabalha no local, pra ela me conseguir 'aquela baciazinha' com água e sabão. Dona betty super disponível traz a bacia, papel toalha e um tubo de detergente.
Depois de fazer a higiene é hora de encarar dois lances de escada. Cata um pra ajudar dali, outro daqui, mais um, e a equipe tá montada. Meus colegas assim como a dona betty, são super prestativos, e eles me levam escadaria acima. No caminho, sempre solto uma piadinha tipo, 'vamos lá galera, faltam só mais tres meses de curso'.
Chegando lá, no segundo andar, é hora de dar uma mijada visto que a aula vai até as dez e o ultimo xixi que eu fiz foi na assembleia perto das tres e meia. Dona betty entre em cena mais uma vez. Ela gentilmente abre a porta de uma sala de aula que não está sendo utilizada. A sala fica ao lado da sala onde teremos aula. Ela deixa um tubo de alcool que solicitei pra higienizar as mãos.
Entro na sala, faço o xixi de aleijado com sonda, etc. A aula já começou quando estou saindo. E o esquema é que todos os alunos devem gravar uma locuçao noticiosa, o que gera uma fila em frente ao estudio, que fica praticamente de frente a sala-banheiro. Respiro fundo, abro a porta e saio no meio da fila. Óbvio que os colegas perguntam o que eu estava fazendo ali. Cansada de tantos pequenos absurdos eu falo a verdade: tava mijando. xixi de aleijado é diferente.
ninguem comenta mais nada.
é muito bom ter pessoas prestativas por perto, mas, sejamos honestos, melhor ainda seria eu poder com minhas proprias rodas entrar num banheiro, fazer um xixi tranquila, lavar as mãos numa pia, usar um elevador...
pequenos absurdos parte 2
saio da aula de locução com a ajuda da super equipe que me desce escada abaixo. tio raul vai se atrasar meia hora pra me buscar. descido ir de taxi pro niver de uma amiga. os colegas parceiros não me deixam ir de taxi e me largam no boteco que fica na lopo gonçalves. chego lá, revejo vários colegas da facul. Minha mana mais velha deve estar chegando em porto com minha sobrinha muito em breve. Ligo pra casa e confirmo que elas já chegaram. Hora de ir pra casa apertar as duas. dou tchau pra todos, minha aminha aniversariante chama um taxi. pago a consumaçã e vou pra rua. tempos depois chega o taxi. com auxilio dum guri de cartola que trabalha no bar desco o cordao da calcada. estaciono, entro no taxi. minha amiga e o cara da cartola desmontam a cadeira. põem as rodas no porta malas e quando o cara da cartola vai por a cadeira no banco de tras o taxista diz que nao vai me levar pq a cadeira vai estragar o banco do carro. O FILHA DA PUTA NAO VAI ME LEVAR PQ A CADEIRA VAI ESTRAGAR O BANCO DO CARRO!!! minha amiga liga de volta pro tele-taxi pra dizer o que esta acontecendo enquanto o cara da cartola explica pro txista que a porra da cadeira nao vai estragar a porra do banco do carro. os animos começam a se alterar. o guri da cartola tá quase dando no taxista. bafão em frente ao bareco! para tudo! peço pro guri nao bater nele, solicito que montem minha cadeira que vou descer do carro. calmamente digo pro filho da puta do taxista me dar seu nome e placa pq vou processa-lo. tem que doer no bolso pra algumas pessoas aprenderem.
o triste é que não será a primeira vez nem a última que uma pessoa (pessoa não, um imbecil) vai dar mais importancia pro banco dum carro do que pra uma pessoa (agora sim, pessoa mesmo).
terça-feira, 20 de maio de 2008
Enfim,
criei esta bosta de blog pra continuar a terapia virtual. Faz um bem danado escrever e botar pra fora as cousas do dia-a-dia. Tenho trabalhando horrores no programa (pra quem não sabe, estou apresentando, redigindo, editando, etc, um programa chamado 'faça a diferença', que deve estreiar muito em breve na TV Assembléia, canal 16 da net, entre os íntimos também conhecida como tv 'ó', de oxigênio, tá no ar, mas ninguém vê, hehehe).
Buenas, o fato é que o troço dá dando trabalho pra cacete. E, se tudo der certo, amanhã apresento o piloto pros chefes, e se eles aprovarem temos que botar o teaser (tb fui eu que fiz! hehehe) no ar e a seguir a chamada e enfim, a porra do programa! Ok, porra não, porque o programa é bacana. Politicamente correto, talvez até um pouco polêmico visto que é pró-gays, lésbicas, aleijados, idosos, negros, índios e simpatizantes. Tá sendo muito massa conhecer um pouco dessa realidade que ninguém gosta muito de encarar. Mas, o fato é que a idade chega pra (quase todos), ninguém (infelizmente) está livre das surpresinhas da vida, nunca é tarde pra sair do armário, e, gente, o brasil foi feito em vermelho, branco e preto! Só da morte a gente não escapa! Assim que eu tiver outras novidades do 'pograma' transmito aqui.
Quanto as intimidades da pessoa com a deficiência, a coisa tá braba! A última vez que beijei na boca... se lembro... foi numa festinha gls. Na família tudo indo bem. Minha mana mais velha segue no interior, com o maridão e a minha afilhada, a criança mais linda do mundo! Meu manão tá estourando de feliz, visto que o amor da vida dele resolveu viver intensamente e se mandou pra Nova Zelândia. Os pombinhos estão montando um apÊ e começando a vida, show de bola! A república segue firme, entre muita diversão e eventuais alfinetadinhas. Faz parte do cotidiano, né?! Por enquanto é isso.
(respirada funda)
Como é bom voltar a escrever.
Buenas, o fato é que o troço dá dando trabalho pra cacete. E, se tudo der certo, amanhã apresento o piloto pros chefes, e se eles aprovarem temos que botar o teaser (tb fui eu que fiz! hehehe) no ar e a seguir a chamada e enfim, a porra do programa! Ok, porra não, porque o programa é bacana. Politicamente correto, talvez até um pouco polêmico visto que é pró-gays, lésbicas, aleijados, idosos, negros, índios e simpatizantes. Tá sendo muito massa conhecer um pouco dessa realidade que ninguém gosta muito de encarar. Mas, o fato é que a idade chega pra (quase todos), ninguém (infelizmente) está livre das surpresinhas da vida, nunca é tarde pra sair do armário, e, gente, o brasil foi feito em vermelho, branco e preto! Só da morte a gente não escapa! Assim que eu tiver outras novidades do 'pograma' transmito aqui.
Quanto as intimidades da pessoa com a deficiência, a coisa tá braba! A última vez que beijei na boca... se lembro... foi numa festinha gls. Na família tudo indo bem. Minha mana mais velha segue no interior, com o maridão e a minha afilhada, a criança mais linda do mundo! Meu manão tá estourando de feliz, visto que o amor da vida dele resolveu viver intensamente e se mandou pra Nova Zelândia. Os pombinhos estão montando um apÊ e começando a vida, show de bola! A república segue firme, entre muita diversão e eventuais alfinetadinhas. Faz parte do cotidiano, né?! Por enquanto é isso.
(respirada funda)
Como é bom voltar a escrever.
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