O final de semana foi intenso. Muito trabalho na sexta, sábado fui jantar com um bofe. Pensa, primeiro encontro, o cara paga a janta japonesa e em contribuição eu tenho um pirepaque e vou parar no hps. Só acordo em casa e vejo um esparadrapo na mão. Bebi quase nada, mas apaguei. Imagino que foi uma queda de glicemia, às vezes tenho isso. Mas, o fato é que apaguei na mesa do bar e o bofe teve que me carregar. Primeiro encontro com muita emoção :S
E no domingo mais emoção. Tô bem relaxada no banho, cantarolando de olho fechado e quando vejo tem uma barata gigante e de uma feiúra inigualável bem na minha frente, na parede, tipo, poucos centímetros da minha cara. Uma mulher andante sai correndo ensaboada nessa hora. E a aleijada, hã? Me diz? Como fugir sentada na cadeira de banho?
Bom, aos prantos me escondi atrás da cortina do box e comecei a berrar pela minha irmã. Ela tava malhando com o som a mil e não ouviu. Sorte que meu telefone celular tava ali perto. Tremendo de medo e nojo do baratão, liguei e só consegui falar:" vem cá agora, pelo amor de deus!" A louca veio achando que tinha entrado um ladrão, já pronta pra sair no matacobra. Eu só falava "me tira daqui, me tira daqui, tem uma barata horrível".
A mana me puxou pra fora do banheiro peladona de cadeira higiênica e tudo e foi tentar matar a barata.
Pensa numa mulher de 1,80m tentando matar a barata afogada com o chuveirinho enquanto samba e dá gritinhos. A barata mutante não morria. Pela gritaria os vizinhos deveriam ter chamado a polícia. No final da história, sobrevivemos as duas, e a maldita barata morreu.
Mais tensão que isso, só assistindo o Cisne Negro. Recomendo. O filme, não a barata no box.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
E na rodoviária de Porto Alegre
Nesse findi aconteceram coisas engraçadas. Fui buscar na rodoviária meu amigo Mauri que também é cadeirante e veio passar uns dias em porto. Cheguei cedo, fiquei esperando, tive que fazer um mix. Comecei a lavar as mãos, mas lavar mesmo, sabe como é chão de rodoviária. Quando vi, estava vazando água e como não sinto o pé, percebi a inundação tarde demais. Meu sapato novo tinha virado o piscinão de ramos e o pé esquerdo estava submerso em água e sabão. Tirei o sapato e no estilo desenho animado esvaziei a água dele na pia. Peguei horrores de papel e foram vários minutos tentando secar a porcaria.
Bueno, passado o episódio do pé no aquário encontrei meu amigo. Eu tinha deixado o carro na vaga pra cadeirantes que existe na rodoviária e é cuidada por um moleque mais errado que nós dois. Eu acho que ele é surdo (pq não fala, apenas emite grunhidos) e tem tb não bate bem das ideias. O fato é que chegamos no carro e o guri veio cheio de boa vontade nos ajudar. Entrei no carro e tentei explicar como colocar a cadeira no porta malas, mas o maluco não escutava. E o excesso de boa vontade não deixava tempo do guri aprender como fazer. Por fim, ele conseguiu colocar minha cadeira no porta malas com a ajuda do Mauri. Tipo, o Mauri foi o cérebro da operação e o moleque executou. O problema é que o cérebro agora estava dentro do carro. Na hora que o Mauri transferiu pro carro, o guri pegou a cadeira e começou a tentar socá-la inteira no banco de trás. Óbvio que não ia caber. Mas, no afã da boa vontade o guri soltava uns gritinhos e tentava enfiar a cadeira pela porta. Eu e o Mauri gritávamos: nãaaao, tem que desmontar! Mas, ele não ouvia. Nisso tinha uma louca estacionada ali do lado, assistindo a comedia da vida aleijada de camarote. Depois de passados cinco minutos e o guri continuar tentando socar a cadeira ela viu que a coisa não ia evoluir e decidiu ajudar. Tanks god. Mauri ensinou como desmontar a cadeira e deu tudo certo. Ai, o guri veio na minha janela, deu uma grunhidela e fez sinal de 'dá um dinheirinho'. Os pilas valeram mais pelas risadas do que pela ajuda, né?
Bueno, passado o episódio do pé no aquário encontrei meu amigo. Eu tinha deixado o carro na vaga pra cadeirantes que existe na rodoviária e é cuidada por um moleque mais errado que nós dois. Eu acho que ele é surdo (pq não fala, apenas emite grunhidos) e tem tb não bate bem das ideias. O fato é que chegamos no carro e o guri veio cheio de boa vontade nos ajudar. Entrei no carro e tentei explicar como colocar a cadeira no porta malas, mas o maluco não escutava. E o excesso de boa vontade não deixava tempo do guri aprender como fazer. Por fim, ele conseguiu colocar minha cadeira no porta malas com a ajuda do Mauri. Tipo, o Mauri foi o cérebro da operação e o moleque executou. O problema é que o cérebro agora estava dentro do carro. Na hora que o Mauri transferiu pro carro, o guri pegou a cadeira e começou a tentar socá-la inteira no banco de trás. Óbvio que não ia caber. Mas, no afã da boa vontade o guri soltava uns gritinhos e tentava enfiar a cadeira pela porta. Eu e o Mauri gritávamos: nãaaao, tem que desmontar! Mas, ele não ouvia. Nisso tinha uma louca estacionada ali do lado, assistindo a comedia da vida aleijada de camarote. Depois de passados cinco minutos e o guri continuar tentando socar a cadeira ela viu que a coisa não ia evoluir e decidiu ajudar. Tanks god. Mauri ensinou como desmontar a cadeira e deu tudo certo. Ai, o guri veio na minha janela, deu uma grunhidela e fez sinal de 'dá um dinheirinho'. Os pilas valeram mais pelas risadas do que pela ajuda, né?
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Back again
Depois das férias incríveis, tive uma incrível pneumonia. Yeah, ar condicionado gelado, calor escaldante, cigarrinho de menta e imunossupressores não combinam. No laudo médico estava escrito 'BPC grave', bronco pneumonia grave. Dois terços do pulmãozito direito ficaram tomados de bactérias e tomei na veia uma cacetada de antibióticos. Perdi a conta de quantas vezes me furaram as veias em dez dias de internação. O recorde foi uma sequencia fenomenal de seis agulhadas e nada de sangue. Meus acesos venosos são difíceis. Quase fui pra uti, fiquei no oxigênio, tive uma constipação bizarra que quase me fez ir pra faca e sobrevivi. Mais uma vez, vaso ruim não quebra.
Foi foda, passei mal, ruim mesmo. Mas, ao mesmo tempo foi bom. Parei de fumar, estou mascando chicletes de nicotina para afastar a rabugice e a abstinência. Revi atitudes e consegui finalmente estabelecer as metas para 2011: trocar de carro (passatão dá muita manutenção), morar sozinha (quase trinta na cara morando com a mamãe não dá!), trabalhar na rébs, voltar a malhar e fazer os alongamentos das pernas direitinho e fazer a porra do livro virar filme.
O negócio é deitar de noite e visualizar os objetivos. O negócio é durante o dia tomar as atitudes certas para conseguir o que se quer. O negócio é acreditar que tudo é possível e que se somos todos feitos da mesma inhaca, se uma pessoa pode, porque eu não poderia? Não tem uma pá de aleijado que mora sozinho? Então eu também vou conseguir. Vai ser difícil? Com certeza, pelo menos no começo. Vai ser foda ter que levantar pra buscar copo de água ao invés de escravizar os andantes da casa, mas tudo tem solução: frigobar do lado da cama!
E a bipolaridade segue a mil. Tem dias que tudo faz sentido e a vida vale a pena. Tem dias que não acho lugar no mundo e respirar é um sacrifício. Terapia now. Mais um objetivo.
Foi foda, passei mal, ruim mesmo. Mas, ao mesmo tempo foi bom. Parei de fumar, estou mascando chicletes de nicotina para afastar a rabugice e a abstinência. Revi atitudes e consegui finalmente estabelecer as metas para 2011: trocar de carro (passatão dá muita manutenção), morar sozinha (quase trinta na cara morando com a mamãe não dá!), trabalhar na rébs, voltar a malhar e fazer os alongamentos das pernas direitinho e fazer a porra do livro virar filme.
O negócio é deitar de noite e visualizar os objetivos. O negócio é durante o dia tomar as atitudes certas para conseguir o que se quer. O negócio é acreditar que tudo é possível e que se somos todos feitos da mesma inhaca, se uma pessoa pode, porque eu não poderia? Não tem uma pá de aleijado que mora sozinho? Então eu também vou conseguir. Vai ser difícil? Com certeza, pelo menos no começo. Vai ser foda ter que levantar pra buscar copo de água ao invés de escravizar os andantes da casa, mas tudo tem solução: frigobar do lado da cama!
E a bipolaridade segue a mil. Tem dias que tudo faz sentido e a vida vale a pena. Tem dias que não acho lugar no mundo e respirar é um sacrifício. Terapia now. Mais um objetivo.
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