quarta-feira, 24 de setembro de 2008

um passo depois do outro

minha tia Maira me ajudou a achar uma pessoa que fará a primeira revisão do livro. fiz a minha parte: mandei um e-melho pro daniel galera pra ver se ele topa fazer o prefácio e me ajuda a achar alguém (uma editora) que publique minhas bagaceirices. Também mandei um scraap pra uma prima minha de sampa cujo irmão conhece o marcelo rubens paiva. eu sonho alto! assim que conseguir o contato dele, vou fazer uma proposta indecente: (não é nada de 'na minha cadeira ou na tua', bobinhos) quero que ele escreva 'a oreia do livro'.
uh, agora é acender a velinha e torcer para tudo dar certo!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O que os olhos não vêem as pernas não sentem

Não sei se já disse aqui que tem uma estagiária que é cega trabalhando comigo. Buenas, acho que já faz uns dois ou três meses que conto com a colaboraçã da Camila. Ela tem catarata congênita, e nunca enxergou. Tá sendo uma experiêcia interessante conviver com uma cega.
A Camila tá me ajudando praticamente em todo processo de produção do 'pograma'. Assim como eu estou tendo esta oportunidade quero que ela também tenha. Sei que está acontecendo um grande movimento de inclusão das pessoas com deficiência. Mas como este processo ainda está engatinhando, em que outro lugar a Camila teria oportunidade de apresentar um programa de tv? No Brasil ela é a única. Cadeirante também é incomum, mas não é tão raro.
Bom, mas o fato é que estamos apresentando juntas a porra do programa. E como Deus é pai, não é padrasto, a gente tá fazendo a produçã do belote e da maquilage num salão perto da assembléia. A gente normalmente vai e volta de taxi.
Semana passada, depois de me dar conta que já faz um booom tempo que to gastando por mes mais do que eu ganho, decidi que é hora de 'fechar gargalos'. ´No meu caso, um dos maiores é o custo com transporte. Lá foi a aleijada guiando/e sendo empurrada pela cega. Momento impagável. O que os olhos não vêem as pernas não sentem.
E ainda com o espírito de economizar para organizar as finanças decidi que vou fazer todos os translados possíveis de bus. Já estou indo todos os dias pela madrugada para a assembléia. pela madrugada mesmo, porque os bus adaptados não passam em todos os horários entao acabo chegando com a vivi sempre uma hora antes do expediente.
É engraçado, né? A maioria dos desafios só são superados quando há necessidade. Por enquando vou pelas calçadas sempre acompanhada pela minha maninha, mas a intenção é ter autonomia e sair pra rua sozinha mesmo. Essa grana que vou economizar pegando o busão vai virar meu carrito mais adiante! Vamo que vamo!